Paróquia Nossa Senhora da Assunção - Oeiras do Pará/Pa
1- OEIRAS: DE ALDEIA A VILAA colonização da Amazônia deu-se a partir dos rios. Os portugueses fundavam cidades e vilas no lugar das aldeias indígenas. Assim foram fundadas: Belém, Santarém, Alenquer, Cametá e Oeiras entre outras. Muitas cidades tiveram grande importância econômica e política para o Pará e Portugal no período colonial.A fundação de vilas facilitava a vinda de funcionários do rei, comerciantes, donos de terra e religiosos. Estes se estabeleciam junto com representantes reais.A ocupação de Oeiras surgiu nessa trajetória. Vieram comerciantes, funcionários reais e religiosos. A domesticação dos índios era prioridade para não faltar mão-de-obra.A vila de Oeiras é fundada e, em seguida, construídos: o pelourinho, a casa de cobrança de impostos e instalada a igreja.Oeiras, antes do período colonial era uma aldeia indígena chamada Araticu, cuja tradução livre pode ser “língua de papagaio”. Araticu é também o nome de diversas árvores da família das Anonáceas. A anonácea longiflora, por exemplo, fornece madeira branca muito dura. O fruto é comestível. Segundo citação de Manoel Barata: “Era esta a aldeia que Baena chama de Iguape e que Antônio Cochado de signa por Aldeia dos Valentões”. A Aldeia Araticu era administrada pelos padres da Companhia de Jesus. Antes ela pertenceu primitivamente aos índios Cambocas ou Bocas.Araticu, antiga aldeia, já era conhecida desde 1653 – ano da chegada do padre Antônio Vieira ao Pará. Era uma aldeia da Amazônia onde o trabalho de catequese prosperou.Os padres jesuítas com o trabalho juntos aos indígenas transformaram a aldeia em Freguesia de Nossa Senhora da Assunção de Oeiras. Daí no nome da protetora da cidade ser Nossa Senhora da Assunção.Em 20 de janeiro de 1758, Araticu é elevada a Vila de Oeiras, outorgada pelo governador da Província do Pará- Francisco Xavier de Mendonça Furtado, em observância à lei de 6 de junho de 1755.Francisco Xavier Mendonça Furtado ao chegar, pessoalmente, “elevou a Aldeia de Araticu em Vila que fez instalar no ida 20 de janeiro de 1758, levantando o Pelourinho, fazendo eleição das Justiças e dando-lhe a nominação de Oeiras”.O dia 20 de janeiro de 1758 é, portanto, considerado a data de fundação de Oeiras por esse ato oficial.O cumprimento da lei de 6 de junho de 1755- que elevava a aldeia em vila, chegou em hora que as missões estavam em pleno desenvolvimento. O governo da província entregou a direção da vila a civis leigos que não deram continuidade ao trabalho desenvolvido pelos jesuítas. O progresso da agora vila estacionou. Oeiras era “importantíssima não só pelas riquezas que a zona de contorno encerrava, como pela proximidade e facilidade de comunicação com a sede do Estado. Os padres jesuítas conseguiram congregar um grande aldeamento de índios que se tornou um dos mais adiantados da Missão” (Anais da Biblioteca e Arquivo Público do Pará, 1996).Com a administração fraca, e Vila de Oeiras sofreu com a dispersão dos índios, sendo “desde logo retirados para os serviços do Rei, para os serviços do Estado e para particulares”.Por muito tempo, o povo viveu a sua fé através das ladainhas e romarias nas festas dos santos de sua devoção promovidas pelas irmandades. Antes de Oeiras se Paróquia, os padres celebravam missas e batizados em barracões cujos nomes ainda são lembrados: Barração Santa Rosa, Paraíso, Nobre e São Luis.Muitos padres passaram por Oeiras: Pe. Geraldo Pater, Frei Paulino de Sellere, Pe. Emílio Martins, Frei Agostinho de Fortaleza, Frei Jesus Paulo, Pe. Luiz de Heritena, Pe. Cornélio Veerman... Oiras era atendida por Belém. Os padres vinham de Belém. A partir de 1955, os padres de Cametá começaram a visitar Oeiras por ocasião de Batizados, casamentos e missas de desobriga, sendo que em 1955 o padre Adriano Nalden passa a residir em Oeiras.2- FUNDAÇÃO DA PARÓQUIAA Paróquia Nossa Senhora da Assunção foi fundada em agosto do ano de 1958, atingindo os municípios de Oeiras e Bagre. O município de Bagre pertenceu à Paróquia de Oeiras até 1994, quando passou para a Prelazia do Marajó. Um ano depois da fundação da Paróquia, veio o primeiro padre: Pe. Arnoldo Konings. Pe. Arnoldo Konings, CM, nasceu em 29 de agosto de 1924 em Roosendaal, Holanda. Entrou na Congregação dos Lazaristas em 27 de janeiro de 1945. Foi ordenado Sacerdote em 15 e junho de 1951, e chegou ao Brasil em 02 de setembro de 1952. De janeiro de 1953 até dezembro de 1954 era docente e formador no Seminário de Caxias do Maranhão. Em 03 de fevereiro de 1955 foi trabalhar na Prelazia de Cametá, onde serviu nas Paróquias de Cametá e Tucuruí, sendo que durante 35 anos ficou na Paróquia de Oeiras do Pará. Incansavelmente se esforçou para o bem estar do povo de Oeiras e Bagre em todos os setores de pastoral, educação, trabalho, saúde... e acompanhou naquela imensa Paróquia todas as Comunidades Cristãs do interior.Aqui há um detalhe: em 1957, Pe. Arnoldo foi transferido para Cametá e Pe. Henrique Riemslag foi nomeada vigário de Oeiras. Pe. Henrique começa a construção do Instituto Nossa Senhora da Assunção (INSA), hoje Hospital de Oeiras do Pará. Em 1961 vem para Oeiras Pe. Bernardo Gales. Pe. Arnoldo volta a Oeiras no ano de 1964, ficando em Oeiras até o final de sua vida em 1997.Trabalhou com Pe. Arnoldo o Pe. João Vicente que chegou em Oeiras em 1981. Depois este se mudou para Belém. Em 1991, chegou Pe. Afonso, que ficou em Oeiras até 2000.3 - FATOS E MOMENTOS MARCANTE NA VIDA DA PARÓQUIANo dia 20 de março de 1961, chegaram a Oeiras as Irmãs Filhas da Caridade que, aém de trabalhar no INSA, contribuíram com a criação das Comunidades Cristãs: catequese, mutirões e fortalecendo a caminhada da pastoral e da educação numa linha libertadora. As primeiras irmãs foram Ir. Sílvia, Ir. Ana Maria e Ir. Filomena.No dia 13 de agosto de 1972 foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais no Município, que fugindo de seus objetivos, fica restrito somente a um grupo e pessoas. O fato é que a partir dos anos 80, o grupo de animadores das Comunidades Cristãs, incentivados e apoiados pelo padre e pelas Irmãs reconquistaram a direção do Sindicato. Os mesmos deram um impulso à filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT), que em 1993 elegeu: Evandro Carlos Miranda, o primeiro Prefeito desse partido no território da Prelazia de Cametá.Deste período em diante, muitas lideranças populares e religiosas cresceram e deram uma parcela de contribuição na caminhada pastoral, ajudando nossos irmãos nas comunidades a crescer na fé e na prática de vida, lutando por um mundo mais justo e fraterno. O destaque desta caminhada é o nascimento das Comunidades Cristãs- CCs, tanto no interior como na cidade.No dia 23 de novembro de 1996 é ordenado Pe. José Maria Chaves dos Reis, o primeiro padre filho da terra.Em 2000, com a mudança por causa da situação de saúde de Pe. Afonso, o povo sente a necessidade de alguém para orientá-lo. Mesmo assim não desanima na fé e no compromisso. Para a alegria da comunidade paroquial, chegou em dezembro de 2000 o Padre Marcelino , o qual animou e entusiasmou o povo com seu jeito simples e amigo, trazendo esperanças. No ano seguinte, chegaram de Recife as Irmãs da Sagrada Família (07/03/01), cuja Congregação é de origem francesa, tendo sua casa central no país, em Pernambuco. Vieram com o desejo de inserir-se naquela em realidade paraense e assim revelar o rosto do Deus da ternura.Na história da Paróquia, alguns acontecimentos marcaram sua caminhada:• A saída do Padre Marcelino, deixando tristeza e saudades. Com sua saída, as Irmãs passaram a administrar a Paróquia.• A peregrinação de Nossa Senhora da Assunção tornou-se momento forte de fé e devoção à Maria, que possibilitou melhor estrutura e organização.Fundamentados no pensamento bíblico que diz: “Eu vi um novo céu e uma nova terra”, a Paróquia faz a sua caminhada com o pároco Pe. Manoel Crispim, as Irmãs e o povo, sempre em busca de uma vida de justiça e de paz para todos, isto é, uma Paróquia viva, com entusiasmo e compromisso com a causa do Reino de Deus.*NOTA BIBLIOGRÁFICA- Iza Cunha, Oeiras do Pará- dois séculos de história.
1- OEIRAS: DE ALDEIA A VILAA colonização da Amazônia deu-se a partir dos rios. Os portugueses fundavam cidades e vilas no lugar das aldeias indígenas. Assim foram fundadas: Belém, Santarém, Alenquer, Cametá e Oeiras entre outras. Muitas cidades tiveram grande importância econômica e política para o Pará e Portugal no período colonial.A fundação de vilas facilitava a vinda de funcionários do rei, comerciantes, donos de terra e religiosos. Estes se estabeleciam junto com representantes reais.A ocupação de Oeiras surgiu nessa trajetória. Vieram comerciantes, funcionários reais e religiosos. A domesticação dos índios era prioridade para não faltar mão-de-obra.A vila de Oeiras é fundada e, em seguida, construídos: o pelourinho, a casa de cobrança de impostos e instalada a igreja.Oeiras, antes do período colonial era uma aldeia indígena chamada Araticu, cuja tradução livre pode ser “língua de papagaio”. Araticu é também o nome de diversas árvores da família das Anonáceas. A anonácea longiflora, por exemplo, fornece madeira branca muito dura. O fruto é comestível. Segundo citação de Manoel Barata: “Era esta a aldeia que Baena chama de Iguape e que Antônio Cochado de signa por Aldeia dos Valentões”. A Aldeia Araticu era administrada pelos padres da Companhia de Jesus. Antes ela pertenceu primitivamente aos índios Cambocas ou Bocas.Araticu, antiga aldeia, já era conhecida desde 1653 – ano da chegada do padre Antônio Vieira ao Pará. Era uma aldeia da Amazônia onde o trabalho de catequese prosperou.Os padres jesuítas com o trabalho juntos aos indígenas transformaram a aldeia em Freguesia de Nossa Senhora da Assunção de Oeiras. Daí no nome da protetora da cidade ser Nossa Senhora da Assunção.Em 20 de janeiro de 1758, Araticu é elevada a Vila de Oeiras, outorgada pelo governador da Província do Pará- Francisco Xavier de Mendonça Furtado, em observância à lei de 6 de junho de 1755.Francisco Xavier Mendonça Furtado ao chegar, pessoalmente, “elevou a Aldeia de Araticu em Vila que fez instalar no ida 20 de janeiro de 1758, levantando o Pelourinho, fazendo eleição das Justiças e dando-lhe a nominação de Oeiras”.O dia 20 de janeiro de 1758 é, portanto, considerado a data de fundação de Oeiras por esse ato oficial.O cumprimento da lei de 6 de junho de 1755- que elevava a aldeia em vila, chegou em hora que as missões estavam em pleno desenvolvimento. O governo da província entregou a direção da vila a civis leigos que não deram continuidade ao trabalho desenvolvido pelos jesuítas. O progresso da agora vila estacionou. Oeiras era “importantíssima não só pelas riquezas que a zona de contorno encerrava, como pela proximidade e facilidade de comunicação com a sede do Estado. Os padres jesuítas conseguiram congregar um grande aldeamento de índios que se tornou um dos mais adiantados da Missão” (Anais da Biblioteca e Arquivo Público do Pará, 1996).Com a administração fraca, e Vila de Oeiras sofreu com a dispersão dos índios, sendo “desde logo retirados para os serviços do Rei, para os serviços do Estado e para particulares”.Por muito tempo, o povo viveu a sua fé através das ladainhas e romarias nas festas dos santos de sua devoção promovidas pelas irmandades. Antes de Oeiras se Paróquia, os padres celebravam missas e batizados em barracões cujos nomes ainda são lembrados: Barração Santa Rosa, Paraíso, Nobre e São Luis.Muitos padres passaram por Oeiras: Pe. Geraldo Pater, Frei Paulino de Sellere, Pe. Emílio Martins, Frei Agostinho de Fortaleza, Frei Jesus Paulo, Pe. Luiz de Heritena, Pe. Cornélio Veerman... Oiras era atendida por Belém. Os padres vinham de Belém. A partir de 1955, os padres de Cametá começaram a visitar Oeiras por ocasião de Batizados, casamentos e missas de desobriga, sendo que em 1955 o padre Adriano Nalden passa a residir em Oeiras.2- FUNDAÇÃO DA PARÓQUIAA Paróquia Nossa Senhora da Assunção foi fundada em agosto do ano de 1958, atingindo os municípios de Oeiras e Bagre. O município de Bagre pertenceu à Paróquia de Oeiras até 1994, quando passou para a Prelazia do Marajó. Um ano depois da fundação da Paróquia, veio o primeiro padre: Pe. Arnoldo Konings. Pe. Arnoldo Konings, CM, nasceu em 29 de agosto de 1924 em Roosendaal, Holanda. Entrou na Congregação dos Lazaristas em 27 de janeiro de 1945. Foi ordenado Sacerdote em 15 e junho de 1951, e chegou ao Brasil em 02 de setembro de 1952. De janeiro de 1953 até dezembro de 1954 era docente e formador no Seminário de Caxias do Maranhão. Em 03 de fevereiro de 1955 foi trabalhar na Prelazia de Cametá, onde serviu nas Paróquias de Cametá e Tucuruí, sendo que durante 35 anos ficou na Paróquia de Oeiras do Pará. Incansavelmente se esforçou para o bem estar do povo de Oeiras e Bagre em todos os setores de pastoral, educação, trabalho, saúde... e acompanhou naquela imensa Paróquia todas as Comunidades Cristãs do interior.Aqui há um detalhe: em 1957, Pe. Arnoldo foi transferido para Cametá e Pe. Henrique Riemslag foi nomeada vigário de Oeiras. Pe. Henrique começa a construção do Instituto Nossa Senhora da Assunção (INSA), hoje Hospital de Oeiras do Pará. Em 1961 vem para Oeiras Pe. Bernardo Gales. Pe. Arnoldo volta a Oeiras no ano de 1964, ficando em Oeiras até o final de sua vida em 1997.Trabalhou com Pe. Arnoldo o Pe. João Vicente que chegou em Oeiras em 1981. Depois este se mudou para Belém. Em 1991, chegou Pe. Afonso, que ficou em Oeiras até 2000.3 - FATOS E MOMENTOS MARCANTE NA VIDA DA PARÓQUIANo dia 20 de março de 1961, chegaram a Oeiras as Irmãs Filhas da Caridade que, aém de trabalhar no INSA, contribuíram com a criação das Comunidades Cristãs: catequese, mutirões e fortalecendo a caminhada da pastoral e da educação numa linha libertadora. As primeiras irmãs foram Ir. Sílvia, Ir. Ana Maria e Ir. Filomena.No dia 13 de agosto de 1972 foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais no Município, que fugindo de seus objetivos, fica restrito somente a um grupo e pessoas. O fato é que a partir dos anos 80, o grupo de animadores das Comunidades Cristãs, incentivados e apoiados pelo padre e pelas Irmãs reconquistaram a direção do Sindicato. Os mesmos deram um impulso à filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT), que em 1993 elegeu: Evandro Carlos Miranda, o primeiro Prefeito desse partido no território da Prelazia de Cametá.Deste período em diante, muitas lideranças populares e religiosas cresceram e deram uma parcela de contribuição na caminhada pastoral, ajudando nossos irmãos nas comunidades a crescer na fé e na prática de vida, lutando por um mundo mais justo e fraterno. O destaque desta caminhada é o nascimento das Comunidades Cristãs- CCs, tanto no interior como na cidade.No dia 23 de novembro de 1996 é ordenado Pe. José Maria Chaves dos Reis, o primeiro padre filho da terra.Em 2000, com a mudança por causa da situação de saúde de Pe. Afonso, o povo sente a necessidade de alguém para orientá-lo. Mesmo assim não desanima na fé e no compromisso. Para a alegria da comunidade paroquial, chegou em dezembro de 2000 o Padre Marcelino , o qual animou e entusiasmou o povo com seu jeito simples e amigo, trazendo esperanças. No ano seguinte, chegaram de Recife as Irmãs da Sagrada Família (07/03/01), cuja Congregação é de origem francesa, tendo sua casa central no país, em Pernambuco. Vieram com o desejo de inserir-se naquela em realidade paraense e assim revelar o rosto do Deus da ternura.Na história da Paróquia, alguns acontecimentos marcaram sua caminhada:• A saída do Padre Marcelino, deixando tristeza e saudades. Com sua saída, as Irmãs passaram a administrar a Paróquia.• A peregrinação de Nossa Senhora da Assunção tornou-se momento forte de fé e devoção à Maria, que possibilitou melhor estrutura e organização.Fundamentados no pensamento bíblico que diz: “Eu vi um novo céu e uma nova terra”, a Paróquia faz a sua caminhada com o pároco Pe. Manoel Crispim, as Irmãs e o povo, sempre em busca de uma vida de justiça e de paz para todos, isto é, uma Paróquia viva, com entusiasmo e compromisso com a causa do Reino de Deus.*NOTA BIBLIOGRÁFICA- Iza Cunha, Oeiras do Pará- dois séculos de história.
1 comentários:
Tudo que o católico precisa saber sobre o Dízimo. Um curso inédito. A Melhor formação para a Pastoral do Dízimo. bit.ly/ODizimoDefinitivo
16 de janeiro de 2020 às 04:31Postar um comentário