segunda-feira, 26 de outubro de 2009


Paróquia São Francisco de Assis - Novo Repartimento/Pa
HISTÓRICO DA PARÓQUIA SÃO FRANCISCO DE ASSIS
1- PREFÁCIOTemos a satisfação de apresentar um breve relato com resgates de histórias, testemunhos e lutas vividas por um povo que não se cansa de acreditar no Deus de Jesus Cristo.Esperamos que com este breve histórico da Paróquia de São Francisco de Assis, a Prelazia de Cametá do Tocantins tenha uma pequena porção do povo de Deus que vive e luta nesta Região Transamazônica onde os desafios e trabalhos são sempre grandes e árduos.Almejamos contribuir de alguma forma com o testemunho de luta, perseverança e esperança na caminhada desta Prelazia que este ano completa 50 (cinqüenta) anos de fé, conquistas e sonhos.2- UM POUCO DE NOSSA HISTÓRIA2.1. RESGATE DA HISTÓRIA DO POVO REPARTIMENTENSE E COMUNIDADE DE 1970 A 1998.A vila do Velho Repartimento era localizada no Km 156 da Rodovia Transamazônica. Era uma pequena vila, pertencente ao município de Tucuruí, iniciada em torno do ano de 1970 com uma população de aproximadamente 400 (quatrocentos) famílias migrantes, principalmente do Nordeste e diversas outras regiões do País. Uma população “feliz”, religiosa, solidária, acolhedora e com bastante fartura.Repartimento foi uma das áreas destinadas ao reservatório da barragem de Tucuruí.No ano de 1978 a 1979, a Eletronorte conseguiu a desapropriação de toda a área e inicia-se um levantamento da localidade sem que as pessoas tomassem qualquer conhecimento do que estava acontecendo. O povo despreparado, sem conhecimento dos planos do Governo, sem conhecer seus próprios direitos, passa a ser pressionado pela Eletronorte. Esta ameaça e obriga os colonos a receber baixas indenizações, proibindo-os de realizar qualquer benfeitoria nas casas e plantações. O desespero dos colonos crescia à medida que tomavam consciência que teriam que sair da área inundável, que não podiam plantar e não havia plano de construção da nova vila para os moradores. Eles deviam receber lotes de 5,10 e até 3 alqueires em troca de seus lotes de até 21 alqueires, e em parte, bem cultivada com criação de animais e outras benfeitorias.Em 1981 a Prelazia de Cametá e Paróquia de São José de Tucuruí, através de seus sacerdotes, irmãs Filhas da Caridade e agentes de pastoral da área, levam o clamor desse povo ao Encontro Nacional sobre barragens promovido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) realizado no Nordeste em Juazeiro da Bahia.Em setembro de 1982, se inicia a caminhada em busca dos direitos expropriados. Foi formada a Comissão dos expropriados da barragem, que contou com o apoio integral da CNBB, CRB, OAB, CPT, CONTAG, O CIMI e representantes das Paróquias da Prelazia de Cametá, onde trabalhavam os padres Lazaristas e as Filhas da Caridade, muitas famílias e o comércio de Tucuruí.Em janeiro de 1993 realizou-se o ato público de repúdio ao procedimento da Eletronorte e de reivindicações, precedidos por muitos outros movimentos reivindicatórios como: acampamento de resistência, caminhadas, assembléias, reuniões, negociações em Belém e na capital Federal- Brasília. Organização e união dos colonos, criação de sindicatos de oposição, os partidos de oposição também tomaram atitude de colaboração e participação na luta do povo, as entidades já mencionadas continuaram colaborando. A construção da nova vila denominada Novo Repartimento, para recolocação das famílias, entrega de novos lotes de 21 e de 10 alqueires, indenização em dinheiro pelo tempo que foram proibidos de cultivar e criar (mas nem todos receberam).2.2. AÇÃO DA IGREJA CATÓLICA EM FAVOR DO POVONeste período foi marcante a ação da Igreja através da Prelazia de Cametá e da Paróquia local, que abriu suas portas para as reuniões, assembléias, acampamentos, contratações de advogados etc. Além disso, os padres e as irmãs Filhas da Caridade ficaram permanentemente a serviço do povo: celebrações, assistência aos doentes, campanha de alimentação, medicamentos, água potável, encaminhamentos para os hospitais, assessoramento nas reivindicações, estudos baseados na bíblia-êxodo, apoio humano e moral às pessoas em crise, visitas a domicílio (praticamente todas as famílias foram visitadas).De 1990 a 1995, houve surto de insetos causados pelas águas da barragem, onde centenas de famílias abandonaram suas terras, outras acamparam na Vila permanente reivindicando local mais adequado. Após mais de ano de luta, a maioria desse pessoal foi remanejada para o Projeto de assentamento Rio Gelado e outras localidades. Atualmente há muitas famílias que não receberam nenhum benefício e ainda sofrem as conseqüências.
3-A ELEVAÇÃO DE CATEGORIA DA ÁREA PASTORAL A PARÓQUIA- 1998Aos vinte dias do mês de dezembro do ano de 1998 na sede do município de Novo Repartimento, reuniram-se na Igreja de São Francisco de Assis para a administração do sacramento da Crisma e elevação à categoria de Paróquia a Área Pastoral de Novo Repartimento e nomeação e posse do pároco da nova paróquia os senhores: Dom José Elias Chaves, Pe Pedro Gotardo Donatti, Pe João Bonifácio dos Santos, muitos paroquianos, os crismandos, as irmãs filhas da Caridade residentes na cidade, representantes do Conselho Pastoral da área e representantes das Comunidades Cristãs do interior.O Bispo colocava que sentia uma alegria muito grande pois cumpria uma promessa feita ao povo e ao Conselho Pastoral a algum tempo atrás quando esteve na cidade para a apresentação do Pe. Bonifácio.Neste dia o povo, o conselho e as irmãs concretizaram um sonho de muitos anos. A área foi elevada à categoria de Paróquia, sendo nomeado pároco o Pe. João Bonifácio dos Santos que já a vinte e um meses estava trabalhando na área.
4- DA ESTRUTURA DA PARÓQUIAA Paróquia São Francisco de Assis possui uma estrutura simples que visa à organização e funcionabilidade da Paróquia e que tem por objetivo o serviço. A estrutura é formada por Conselho Administrativo, Conselho Pastoral Paroquial, Conselho Pastoral de Área, Secretaria Paroquial.No âmbito pastoral, a Paróquia está subdividida em áreas pastorais que possuem seus próprios conselhos, têm seus representantes no Conselho Pastoral Paroquial e são no total 07 áreas pastorais sendo elas:• Área Pastoral da Sede• Área Pastoral Maracajá• Área Pastoral Tuerê• Área Pastoral Pacajazinho• Área Pastoral Rio Gelado• Área Pastoral Parakanã• Área Pastoral Belo Monte5- PADRES QUE TRABALHAM NA PARÓQUIAAtualmente temos apenas um padre trabalhando na Paróquia São Francisco de Assis,caso semelhante ao início desta Paróquia quando também na sua fundação apenas o Pe. João Bonifácio dos Santos ficou trabalhando, sendo visitado e ajudado vez ou outra pelos sacerdotes da Paróquia São José de Tucuruí.Hoje, apenas o Pe. Manoel Barbosa Araújo, da Congregação da Missão dos Padres Lazaristas, reside e trabalha na Paróquia, sendo que aos poucos dias atrás o mesmo era ajudado pelo Pe. José Jerônimo de Medeiros, também da Congregação da Missão, sendo que este foi recém transferido para a Capital do Estado.6- IRMÃS QUE TRABALHAM NA PARÓQUIANo atual momento da elaboração deste histórico, temos a presença de irmãs missionárias na Paróquia, onde as mesmas possuem uma casa na sede do município e muito tem contribuído nos trabalhos pastorais paroquiais e são elas: a Ir. Vitória Lima de Souza, Ir. Aduzinda e Ir. Zelinda Borges da Silva, sendo que muitas outras já passam por esta Paróquia e também muito colaboraram na estruturação físico, financeiro e pastoral.CONCLUSÃONa esperança de ter apresentado um relato verdadeiro e sucinto da história desta Paróquia que em dezembro próximo completará 04 (quatro) anos da sua fundação concluímos desejando à Prelazia de Cametá que tenhamos a felicidade de comemorar muitos outros 50 anos de fé, conquistas e sonhos.O padre, as irmãs, equipes de coordenações e todos os paroquianos se alegram com toda a Prelazia por saber que fazemos parte e também contribuímos dessa história de 50 anos.
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Paróquia São Sebastião - Breu Branco/Pa
1.1. HISTÓRICO DO MUNICÍPIOA LEI QUE CRIA O MUNICÍPIO, lei de Criação número 5.703 de dezembro de 1991. A lei foi sancionada pelo Governador do Pará, Dr.Jader Fotenelle Barbalho, publicada na edição número 27.122 do Diário Oficial do Estado do Pará de 20 Dezembro de 1991. Instalado no dia primeiro de Janeiro de 1993, foi desmembrado de Tucuruí, Moju e Rondom do Pará, com os seguintes limites: município de Baião, Moju, Tailândia, Goianésia do Pará e Tucuruí.A ORIGEM DO NOME: o nome de Breu Branco tem origem no fato do local, onde floresceu o Município, possuir em abundância árvores chamadas “FAVEIRA”, de onde se extrai um líquido branco que com o passar do tempo, adquire a consistência de breu.A ORIGEM DAS TERRAS: O município originou-se da ocupação de uma área doada ao Ministério da Aeronáutica pelo Governador do Pará, Catete Pinheiro, para instalação de uma fazenda e utilização da área para fins militares, projetos não concretizados.A LOCALIZAÇÃO DO BREU VELHO: O Breu Velho, como chamam agora os antigos moradores, foi localidade primitiva, formada por um povoado com aproximadamente 400 (quatrocentos) casas construídas em terrenos arenosos e no estilo palafita, no Km 43 da estrada de ferro Tocantins, de onde se originou o Município.A TRANSFERÊNCIA DO BREU VELHO PARA O NOVO BREU BRANCO: A ocupação desordenada do Breu Branco iniciou com a descoberta do quartzo de silício e a transferência das 1.200 ( um mil e duzentas) famílias do Km 43 da antiga estrada de ferro Tocantins para a localidade a margem direita do lago artificial formado em decorrência da construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Tucuruí.A EMANCIPAÇÃO POLÍTICA: O aumento da população agravou os problemas sociais, ocasionado o movimento pela autonomia política local, cujo plebiscito ocorreu em 28 de abril de 1991, quando aproximadamente 90% dos eleitores que compareceram às urnas votaram pelo “sim” à emancipação.2- HISTÓRICO DA IGREJA CATÓLICA NO MUNICÍPIOA história da devoção a São Sebastião no Breu Branco é muito antiga. Tem-se conhecimento a partir do ano de 1948 quando Dona Jovita Sacramento recebe os cuidados da capelinha de São Sebastião que já existe como herança da família Sacramento. Dona Jovita continua a devoção a São Sebastião com as suas rezas no mês de Janeiro com grande participação de todo o povo da vila.Na década de 50 um grupo de funcionários da Estrada de Ferro Tocantins, funda a diretoria da Festividade de São Sebastião, comprando uma imagem nova um pouco maior, tornando a festa mais popular e construindo uma pequena igreja para este santo. Desta diretoria foram lembrados os nomes do Sr. Francisco Machado, José Rodrigues de Assunção, Damasceno e Gonçalo Vieira, sendo este último o responsável pela construção da igreja e compra da imagem nova. Segundo fontes de pessoas moradoras de Breu Velho, esta diretoria foi fundada no ano de 1958. Pesquisando o livro de tombo da Paróquia São José de Tucuruí, foi encontrado no documento de criação da Paróquia a relação das comunidades pertencentes esta Paróquia, onde se destaca a Comunidade de Breu Branco com uma igreja em construção. Este documento data do dia 25 de Janeiro do amo de 1956. Novamente conversando com pessoas moradoras do Breu Velho, a informação é de que esta igreja foi inaugurada em 1960.Com uma diretoria formada a festividade de São Sebastião, deixa de ser uma devoção somente de uma família e passa a ser de todo povo da vila de Breu Branco. A Festividade passa a ser assumida pela diretoria com o levantamento do mastro no dia 10 de janeiro, inicio da novena no dia 11 e Missa, Batizados e Casamentos no dia 20 de Janeiro. Como a vila não tinha uma localidade para as festas profanas, o povo se servia da casa do Sr. José Rodrigues de Assunção para realização dos leilões, danças, etc...O Sr. Gonçalo Vieira foi o presidente da festa por vários anos, depois ele entrega o cargo para o Sr. João Aroldo Alves da Silva que ainda é vivo e continua atuando nas pastorais da igreja. O Sr. João Aroldo assume a diretoria da festa por 26 anos e entrega para Dona Luzia Ferreira Lima, e daí a festa vai tendo as suas inovações com o decorrer do tempo.A transferência da Igreja Católica do Breu Velho para o Novo Breu Branco e com a mudança de lugar para, a comunidade passa por um momento de enfraquecimento. A nova vila ainda não tem a sua igreja e a festa fica parada por dois anos. A imagem de São Sebastião encontrava-se quebrada e estava em Tucuruí para restauração. No ano de 1985 a Eletronorte entrega ao povo católico do Novo Breu Branco a sua nova igreja, e o povo organiza caminhadas e vai a Tucuruí para buscar a imagem de São Sebastião, reiniciando com mais força sob a coordenação do Sr. João Aroldo.Portanto, a devoção a São Sebastião é desde 1948, ano em que Dona Jovita assumiu a primeira capelinha de São Sebastião, com 54 anos. A festa de São Sebastião é de 1946, quando foi criada a Paróquia São José de Tucuruí.2.1- PRESENÇA DOS PADRES LAZARISTAS.O Município de Breu Branco pertencia ao Município de Tucuruí, da mesma forma a Igreja Católica do Breu Branco estava sob os cuidados da Paróquia de São José de Tucuruí. O livro tombo da referida Paróquia relata a chagada dos Padres Lazaristas a esta região desde o ano de 1936, quando Tucuruí pertencia a Paróquia de Santo Antônio de Pádua em Baião.Na zona rural do município de Breu Branco não havia Comunidades Cristãs. Foram os Padres Lazaristas os fundadores das primeiras Comunidades Cristãs de Breu Branco, sendo a Comunidade de Santo Luzia a primeira a ser fundada na zona rural. O povo lembra com carinho do ardor missionário dos seguintes padres: Pe. Pedro Hermans, Pe. Germano, Pe. Geraldão, Pe. Alexandre e Pe. Ari Alves.2.2- PRESENÇA DAS IRMÃS MISSIONÁRIAS CARMELITAS.Através da preocupação do Bispo Dom José Elias Chaves com esta área Pastoral que estava cada dia mais aumentando a usa população e pelo fato da Congregação da Missão não ter missionários o suficiente para assumir esta missão, foram feitos contatos com a Congregação das Irmãs Missionárias Carmelitas no sentido de assumir esta Área de Pastoral.No ano de 1995 chega no Breu Branco as primeiras irmãs carmelitas: Ir. Gildete, Ir. Maria do Céu e uma jovem ainda em estágio de formação, de nome Marivalda, mais tarde no ano de 2000, esta mesma jovem professa os seus vôos no Breu Branco, tornando-se Ir. Marivalda. O povo fica feliz com este empenho do Bispo Dom José e do pároco Pe. Ari Alves.As irmãs encontram uma Comunidade formada pela seguinte coordenação: Dona Luzia e seu esposo Sr. João, Neves, Dona Edite e Dona Maria Pollo. Graças ao esforço desta coordenação foi reformada a casa da comunidade para escolher as irmãs Missionárias Carmelitas, que iniciam a sua missão em uma comunidade que constava apenas das celebrações dominicais, catequeses e um grupo de jovens.Tudo foi bênçãos de Deus para a Comunidade, pois estava carente de missionários, pelo fato dos Padres de Tucuruí poderem vir a Breu Branco apenas uma vez por mês ou de dois meses. Assim, com a ajuda das irmãs esta comunidade ganha força e começa a se organizar.2.3- CHEGADA DO PRIMEIRO PADRE DIOCESANO.No ano de 2000 a Prelazia de Cametá ganha o seu novo bispo. Dom Jesus Maria chega com vontade de trabalhar e conduzir esta Prelazia que lhe foi confiada. O novo Bispo visita a Área Pastoral de Breu Branco, toma consciência de suas necessidades e promete um padre para o povo que já sente necessidade da presença constante de um padre em sua Igreja.O Pe. Edson Marques de Alcântara estava colocando a Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Mocajuba disponível para Prelazia e manifestava o desejo de trabalhar na região Transamazônica. Após várias reuniões do Bispo com o povo do Breu Branco e com a Congregação da Missão, foi designado o Pe. Edson para esta missão No dia 20 de março tem a primeira reunião do Bispo com a Pe. Edson, os padres de Tucuruí e o povo de Breu Branco e nesta reunião fica acertado todo processo de mudança do padre para a sua nova área de missão. No dia 21 de março o Pe. Edson fez mais uma reunião com o povo onde fica acertada a data de sua chagada e o local onde ele iria morar. Chegando definitivamente em Breu Branco no dia de 31 de março de 2001.No dia 08 de Abril, Domingo de Ramos, Dom Jesus volta a Breu Branco para dar posse ao Pe. Edson, em uma Missa celebrada às 08:00hs da manhã, criando a Área de Pastoral Autônoma de São Sebastião sob a responsabilidade de Pe. Edson.3- PADRES QUE TRABALHARAM NA REGIÃO1915 Á 1922 – Pe. Antônio Braga.1924 à 1925 – Dom Sebastião (Bispo de Araguaia).1926 à 1930 – Frei Lourenço.1931 – Pe. Emilio Martins.1932 – Pe. Luís Varela.1934 – frei Luís Palha e Frei Reginaldo Tounier.1935 – Pe. Guilherme Vaenssen.1936 – chegada dos padres da congregação da missão.
4- SÍNTESE HISTÓRICO DA IGREJA NO BREU BRANCO.1948 – Dona Jovita Sacramento (parteira e rezadeira da vila de Breu Branco).assume a capela de São Sebastião, pertencente a família Sacramento.
1950 – Fundação na primeira diretoria da festividade de São Sebastião, formada pelos funcionários da estrada de ferro Tocantins. A devoção a São Sebastião deixa de ser apenas de uma família.1952 – Fundação da Prelazia de Cametá (29 de novembro).1955 – Visita pastoral do Administrador Apostólico da Prelazia de Cametá Dom Cornélio Veerman à Comunidade do Breu Branco. São celebrados 68 crismas, 45 comunhões, 1 casamento, 3 batizados.1956 – Criação da Paróquia São José de Tucuruí, na qual a Vila de Breu Branco é uma das comunidades- (data do dia 25 de janeiro)1963 – O presidente da diretoria da festa de São Sebastião (Sr. Gonçalo vieira) entrega a diretoria ao Sr. João Aroldo, que a governa por longos anos.1973 – Início das obras de construção da hidrelétrica de Tucuruí. Breu Branco seria ser inundado pela barragem.1985- Transferência das famílias de Breu Branco para o Novo Breu Branco.1991 – Criação do município do Breu Branco, desmembrado do município de Tucuruí.1995 – Chegada das Irmãs Missionárias Carmelitas. Neste ano, a paróquia São José cria a Área Pastoral de São Sebastião do Breu Branco.1999 – Consagração do novo bispo da Prelazia de Cametá, Dom Jesus Maria.2001 – Chegada do primeiro padre (Edson Marques de Alcântara) para residir na Cidade de Breu Branco. Criação da Área Pastoral autônoma de São Sebastião do Breu Branco.2002- Organização dos Conselhos e preparação para a criação da Paróquia de São Sebastião. Dia 29 de setembro- Festa de criação da Paróquia e missa celebrada por Dom Jesus. CONCLUSÃOPara elaborarmos este material, foram consultadas várias pessoas e pesquisadas várias fontes de leituras. O documento é limitado, pois as fontes são poucas, será preciso mais tempo e investimento financeiro para ser feito um trabalho mais cientifico que possa ficar na história desta Paróquia.
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Paróquia São José - Tucuruí/Pa
1- DADOS HISTÓRICOSTucuruí, até 1948 era chamada pelo nome de Alcobaça, uma Vila do município de Baião e pertencia a Paróquia de Baião. A primeira capelinha foi construída em honra de Nossa Senhora da Conceição pelos habitantes da Vila no princípio do século passado. Em 1922, a capelinha foi reconstruída pelo Dr. Amintas de Lemos com o auxilio do povo, pois a antiga capela caiu em ruínas.Até o ano de 1942, o povo recebia duas ou três vezes visitas do vigário de Baião, ou de um dos padres da Congregação da Missão, por ocasião do mês de maio ou pela festa de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do lugar. Também contribuíram nas visitas os frades Dominicanos e Capuchinhos.Os padres que trabalharam nessa região foram: Pe. Caetano Geordano (1915 a 1922), Pe. Antonio Braga (1924 a 1925), Dom Sebastião, bispo de Araguaia (1926 a 1930), Frei Lourenço 1930, Pe. Emílio Martins (1930 a 1931), Pe. Luiz Varela 1932, Frei Luiz Palha e Frei Reginaldo 1934, Pe. Guilherme Vaessen 1935.Em 1936 os padres da Missão (Lazaristas) vieram para a Paróquias de Cametá, incluindo Mocajuba e Baião. Os padres Fernando Van Dyjk, Tiago Van Ryn, Pedro Hermans, Tiago Poels, Cornélio Veerman, João Alberto Hermans, Teodoro Kroes e Cornélio Jiemenlen.Em 1944 o Pe. Cornélio Veerman iniciou a construção de uma capela de madeira e barro no meio da Vila em honra de São José, na atual praça de São José, porque a capela de Nossa Senhora da Conceição está fora da Vila de Alcobaça e era pouco freqüentado pelo povo por causa da distância e também por receio das invasões dos índios atrás da capela.Em 1948, a vila de Alcobaça foi elevado à categoria de cidade com o nome de Tucuruí. Em 1949 o Pe. Pedro Hermans fixou uma semi-residência na Vila.No ano de 1950 foram realizadas as Santas Missões pelos padres Geraldo Terbost e Cornélio Boostman ambos da Congregação da Missão. Neste mesmo ano foi iniciada a construção da Igreja São José em tijolos.Em 1995 iniciou-se a construção da casa Paroquial ao lado da Igreja São José, terreno doado pela prefeitura.No dia 25 de janeiro de 1956 o Exmo. e Revmo. Senhor Administrador Apóstólico, Mons. Cornélio Veerman criou a Paróquia de Tucuruí por um decreto, tendo como Padroeiro São José. O Pároco da nova Paróquia era Pe. Pedro Hermans. As Capelas que pertencem a esta paróquia são: Nazaré dos Patos, Aratéra, Murú, Breu Branco, Capinal, Remansão da EFT, Remansãp da Margem. Ilha Tocantins, Areião, Jacundá, Cotovelo, Ipixuna, Itamiry e Itupiranga.Nos anos 90 a Paróquia era constituída pelos municípios de Novo Repartimento, Novo Breu Branco e o município de Tucuruí, além de dar assistência às comunidades do Ladário, na Trans-cametá e Angelim I e II.Com a criação da Paróquia de São Francisco de Assis de Novo Repartimento em 1998, e da Paróquia de São Sebastião de Breu Branco em setembro de 2002, a Paróquia São José se reduziu no seu território, ficando apenas com o município de Tucuruí e algumas comunidades acima citadas.
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Paróquia São João Batista - Cametá/Pa
1- INÍCIO DA EVANGELIZAÇÃO EM CAMETÁ
1.1- CHEGADA DOS PRIMEIROS MISSIONÁRIOS
A história do catolicismo em Cametá se dá com o início da colonização nestas terras do Tocantins, por volta de 1625, com a chegada dos primeiros portugueses. Há registros de ter tido a presença de frades Capuchinhos de Santo Antônio nesta terra já no ano de 1617, vindos provavelmente de Belém (recém fundada) ou São Luís. Na localidade de Cametá Tapera viviam os índios Camutás. Neste lugar, estes frades constróem uma Ermida (pequena capela e um pequeno convento), e tinham como objetivo catequizar os “nativos” ou fazer o que se chamava de aldeamento. Mais tarde vieram alguns frades carmelitas. Trata- se apenas de uma passagem. Em 1635 já é reconhecida uma Vila em Cametá Tapera, sendo transferida posteriormente para a atual Cametá em 1713. Já nesta época, há um projeto em construir uma vila maior (cidade), por verem em Cametá um local estratégico para a expansão colonialista na Amazônia. A presença de portugueses nesta época já era de um número significante. A idéia que se tem é que primeiro chegaram os missionários e depois vieram os colonizadores, no caso os portugueses. Depois da vinda destes primeiros missionários e com a transferência da vila para atual Cametá, vieram os padres jesuítas, ficando na região até a expulsão da Companhia do Brasil por Marquês de Pombal nos anos de 1767. Passaram por Cametá também os padres mercedários. A construção da Catedral São João Batista é atribuída a estes padres. Passaram também em Cametá padres diocesanos vindos de Belém. Faz parte da história da Igreja em Cametá Pe. Prudêncio, conhecido pelo combate ao movimento cabano. Pe. Prudêncio foi pároco em Cametá por um grande período no decorrer do século XIX. Há outras figuras consideradas notáveis e que marcam a história de Cametá como os bispos cametaenses Dom Romualdo Coelho e Dom Romualdo de Seixas.


1.2- DEVOÇÃO A SÃO JOÃO BATISTASão João Batista é padroeiro de Cametá e padroeiro da Paróquia. A devoção a São João foi trazida palas primeiras famílias portuguesas que aqui chegaram. Antes da construção da atual Igreja Matriz- ano 1757 (Catedral), existia uma capela dedicada a São João. São João Batista faz parte da história de Cametá e da vida religiosa do povo. A festa de São João é uma festa tradicional, celebrada nos dias 14 a 24 de junho conforme testemunho das pessoas mais idosas. “É do tempo de nossos avós”, falam as pessoas. Evidentemente vem de anos anteriores. A atual imagem de São João Batista que está na Catedral, veio da França e foi doada para Cametá por Dom Pedro II na metade do século XIX. Há outra devoções em Cametá, sendo as mais conhecidas: São Benedito, Nossa Senhora das Mercês, Nossa Senhora do Socorro, Nossa Senhora do Pilar, Nossa Senhora do Carmo, Santíssima Trindade. Muitas Comunidades celebram as suas devoções ou os seus santos padroeiros.
1.3- CAMETÁ É CIDADECametá é reconhecida cidade em 1848. Não se tem a data precisa da criação da Paróquia em Cametá, mas antes 1848 já havia uma igreja organizada em Paróquia, uma estrutura de igreja com padres, missas etc, com uma catequese nos moldes do Concílio de Trento. Basta ver a arquitetura da atual Catedral com data de 1757. Trata-se da Paróquia mais antiga da região, por ser também a cidade mais antiga. O catolicismo em Cametá é o catolicismo devocional ou popular, baseado nas devoções aos santos.
1.4- CATOLICISMO POPULAR DEVOCIONALFaz parte deste catolicismo devocional ou popular as organizações das irmandades. As irmandades eram uma organização formada de leigos, por um grupo de famílias com o objetivo de viverem a fé a seu modo e para fazer a festa do santo. No início de 1800 já havia pelo interior de Cametá algumas irmandades. Ex: a Irmandade da Santíssima Trindade de Jaituba de 1813. Pode citar como exemplo também a festa do Pilar em Curuçambaba nos fins de 1890, com mais de 100 anos, e outras irmandades antigas nas localidades de Cuxipiari, Paruru e outros lugares. Na cidade, tem como exemplo a irmandade de São Benedito. A Igreja de São Benedito, contando com a primeira Capela, é do início do século XIX. Há outras antigas irmandades. Em torno de uma irmandade e de uma capela, as pessoas se reuniam para celebrar (festejar) seus santos e para as suas devoções. Era o encontro das pessoas. Aí acontecia também a presença de padres através das chamadas desobrigas. Posteriormente, estas irmandades serão a base para as Comunidades Cristãs. O catolicismo devocional e popular é essencialmente dos leigos. Mesmo com a existência de uma hierarquia na irmandade ou a divisão de classe- irmandade dos negros e irmandade dos brancos- as pessoas podiam ter uma certa liberdade para expressar a sua religiosidade. Cabe registrar também a existência do Apostolado de oração, com 109 anos de existência em Cametá, e uma antiga Conferência Vicentina. Esta parou de funcionar há mais de 40 anos. Existe uma nova Conferência atualmente que foi fundada nos anos 80.A Paróquia São João Batista compreendia grande parte da Região Tocantina. Mesmo com criação das paróquias de Baião e Mocajuba, estes lugares eram atendidos pelo padre de Cametá. Quando em 1936 os padres lazaristas vieram para Cametá (Pe. Fernando van Dijk e Pe. Thiago Van Rijn), assumiram juntamente com a Paróquia de Cametá as Paróquias de Mocajuba e Baião conforme registro na ata de posse. Depois são designados padres para estas Paróquias.
2- A IGREJA EM CAMETÁ COM A CHEGADA DOS PADRES LAZARISTAS
2.1- CAMETÁ ANTES DOS PADRES LAZARISTAS
A Paróquia de Cametá, mesmo sendo a Paróquia mais antiga da região, de acordo com os registros, tinha dificuldade com a presença de padres. Era um padre para atender uma grande extensão territorial, sendo que alguns padres de Cametá atendiam também as Paróquias de Mocajuba e Baião. Antes da chegada dos padres lazaristas, trabalhavam em Cametá padres diocesanos de Belém. O livro de tombos da Paróquia São João Batista registra dos padres residentes que trabalharam na Paróquia a partir de 1900, a saber: Pe. Enéas de Jesus Soares de Lima- 1905; Pe. Abdon Odilon Lima- 1907; Pe. Antônio Lobato- 1909; Pe. Godofredo- 1912; Pe. Domingos de Aguiar- 1913; Pe. Manoel da Assunção Pereira de 1913 a 1933 e Cônego Antônio Lobato de 1933 a 35. Estes são os padres que aqui trabalharam antes dos padres holandeses.
2.2- PADRES LAZARISTAS DA HOLANDA
Em 1936 foi assinado um contrato entre a Diocese de Belém do Pará e a Congregação da Missão confiando a Paróquia de Cametá aos padres lazaristas, incluindo nesta época Mocajuba e Baião. A Paróquia de Baião se estendia até Jacundá e Itupiranga, passando por Alcobaça, hoje Tucuruí. Os primeiros padres lazaristas (holandeses) a chegar foram Pe. Fernando van Dijk, Pe. Thiago van Rijn e Geraldo Pater. Em 1937 chega Pe. Roberto Pladet e em 1938 Pe. Pedro Hermans. Pe. Cornélio Veerman e Pe. Thiago Poels chegaram em Cametá no ano de 1941, juntamente com as primeiras irmãs vicentinas. Há uma lista de padres que vieram posteriormente, todos passando por Cametá: Pe. Teodoro Kroes, Pe. João Alberto Hermans, Pe. Pedro Smeets, Henrique Roemslag, Pedro Nota, Bernardo Gales, Adriano Naalden, Assis Beckers, Paulo Hos, João Boonekamp, Martinho Reinders, Arnoldo Konings, Geraldo Paridaen, Geraldo Gommers, Jaime Kriek, Lino van Lin, Adriano vander Heiden, André Rombouts, Afonso de Vree, Geraldo Frencken. Todos são holandeses. A história da Igreja em Cametá pode ser dividida em 2 partes: do início até a chegada dos padres lazaristas; dos padres lazaristas em diante. Antes dos padres lazaristas, temos uma Igreja mais devocional, com as irmandades etc. A presença de padres é menor. Depois com os padres lazaristas, temos uma Igreja com mais organização, com presença maior de padres, uma preocupação com a formação do povo e a catequese. Em 1937 já eram realizados cursos de catecismo para pessoas adultas. No registro fala em “curso de catecismo para os homens”. Em 1936 acontece uma Santa Missão em Cametá, “pregada pelo superior dos padres lazaristas” Pe. Guilherme Vaessen. É desta época os grupos de Cruzada Eucarística e filhas de Maria. Houve também uma preocupação em prestar serviços ao povo através das obras- educação e saúde. As irmãs vicentinas chegaram aqui com esta preocupação. A fundação do INSA é de 1942. Posteriormente foi construído o Hospital de Cametá. Pode assim dizer que os padres lazaristas criam as condições para a instalação da Prelazia em 1952. Portanto, a criação da Prelazia é do segundo momento da vida da Igreja em Cametá.
2.3- CRIAÇÃO DA PRELAZIA DE CAMETÁ
A criação da Prelazia de Cametá em 1952 é recebida com alegria pelo povo de Cametá. A instalação da nova Prelazia, conforme registro no livro de tombo, acontece no dia 09 de março de 1953, na Igreja São João Batista, com a “igreja repleta, onde o povo ouviu a carta do Papa Pio XII criando a Prelazia”. Estava presente nesta data o padre Tiago Way, delegado do Bispo de Belém, Dom Mário Villas Boas, admistrador diocesano da nova Prelazia. O vigário de Cametá, Pe. Cornélio Veerman foi nomeado vigário geral.Cametá, por ser sede da recém criada Prelazia, teve papel importante na sua organização, mas teve também grandes benefícios. São da Paróquia São João Batista as primeiras CCs organizadas na Prelazia. É uma Paróquia que teve grande apoio pastoral por parte da Prelazia. Por aqui começou o movimento de renovação trazido pelo Concílio Vaticano II. Aqui foram formadas as primeiras equipes de catequese, pastoral da saúde, círculos bíblicos etc. Os cursos de formação promovidos pala Prelazia trouxeram um bem imenso para a Paróquia, cuja participação nestes curso era de grande interesse das pessoas. Os chamados cursos de liderança promovidos nas Paróquias foram um grande espaço de formação de nosso povo, seja para atuarem na pastoral ou no movimento social. A pastoral mais na linha libertadora foi trabalhada na Paróquia. Houve evidentemente dificuldades com as mudanças, falta de compreensão em relação à nova linha de trabalho. Mas, se se pode considerar a Igreja como agente de formação, a Igreja em Cametá tem um papel fundamental na conscientização do povo através das CCs, das pastorais e dos diversos cursos de formação.
3- A CAMINHADA PASTORAL DA PARÓQUIA HOJE
3.1- O TRABALHO DE PADRES, IRMÃS E LEIGOS
Atualmente, a Paróquia de São João Batista conta com uma boa organização, graças ao empenho e esforço de padres e outras pessoas que por aqui passaram, doando praticamente a vida nesta terra. Como exemplo, além dos padres já citados anteriormente, pode-se falar de Pe. José Favacho, Pe. Leônides e os padres mais recentes que ainda estão na Prelazia. Pe. Geraldo Paridaen está em Cametá desde de 1967. As irmãs vicentinas tiveram um papel importante não só no trabalho de educação e saúde, mas também no trabalho de evangelização, levando a catequese inclusive para o interior. Há também a presença de uma centena de leigos e leigas que se dedicaram ao trabalho nesta região, sendo que alguns ainda continuam presentes. São os catequistas nos tempos mais antigos e os animadores nos tempos mais recentes. Como exemplo, pode-se citar as senhoras Elízia e Santa Santos que como professoras e catequistas deixaram marcas na formação religiosa do povo. Pessoas como Mário Veiga, Francisco Progênio e outros foram grandes organizadores e animadores de Comunidades no interior.
3.2- PARÓQUIA DE CARAPAJÓ E LIMOEIRO DO AJURU
Nos anos de 60 até 1999, a Área de Carapajó teve a presença de padres residentes como Pe. Paulo, Pe. Assis e Pe. João Boonekamp, sendo que Pe. João ficou em Carapajó de 1964 a 1999. A Área de Carapajó era considerada Paróquia Nossa Senhora do Carmo, hoje Área Pastoral São Vicente, integrada à Paróquia São João Batista.Até agosto de 2001, o município de Limoeiro do Ajuru pertencia à Paróquia São João Batista. Depois de uma caminhada como área pastoral, tornou-se Paróquia Imaculada Conceição.
3.3- PADRES DIOCESANOS
A Paróquia São João Batista ficou sob a responsabilidade dos padres lazaristas- da Congregação da Missão até o ano 1995. Com a doença e volta do último pároco para Portugal, Pe. Leônides de Oliveira Marinho, a Paróquia foi entregue aos padres diocesanos, tendo como pároco o Pe. José Geraldo de Melo, que foi empossado no dia 03 de setembro de 1995. Trabalharam e trabalham em Cametá, além de Pe. José Geraldo (atual pároco), os padres Manoel Crispim (1995 e 1996), Nêmio de Oliveira (1997 a 1998), Sílvio Teixeira (2000), José Maria (este reitor do Seminário Menor), além de Pe. Geraldo Paridaen- CM.
3.4- ORGANIZAÇÃO PASTORAL
A Paróquia São João Batista conta com 147 Comunidades e alguns grupos comunitários espalhados pelas ilhas, beiras dos rios, vilas, estradas e a cidade de Cametá, atingindo uma população de aproximadamente 100 mil pessoas. Parte do município de Cametá é atendida pela Paróquia Imaculada Conceição de Mocajuba. Mas a Paróquia de São João atende parte do município de Oieras do Pará.Para facilitar no trabalho pastoral, a Paróquia é organizada em 5 Áreas Pastorais, obedecendo a critérios geográficos, a saber: 1) Área Pastoral Dom José Elias (cidade- 13 CCs); 2) Área Pastoral Pe. Favacho (Cametá Baixo- 19 CCs); 3) Área Pastoral São Pedro (Cametá Cima- 27 CC); 4) Área Pastoral São Vicente (Região de Carapajó- 39 CCs); 5) Área Pastoral Santa Maria (Estrada e Cupijó- 49 CCs). Há o Conselho Pastoral Paroquial- CPP com os representantes destas Áreas e pastorais para encaminhar os assuntos relacionados à Paróquia, e os Conselhos de Área- CPA para decidir as questões da Área. Normalmente, além do pároco, cada Área é acompanhada por um dos padres que atuam na Paróquia. Na organização pastoral, há também o Conselho Administrativo.Há diversas pastorais organizadas na Paróquia São João Batista como a catequese, PJ, pastoral da criança, pastoral dos sacramentos, pastoral do dízimo, pastoral familiar. Cada pastoral tem a sua coordenação. Como destaque dos últimos anos, cita-se a criação da Pastoral do Dízimo em 1997 que é responsável pela manutenção da Paróquia atualmente. Há também o Apostolado da Oração, com mais de 100 anos de fundação.O ministério de animador das Comunidades, dentro de uma nova modalidade, continua sendo uma força na animação pastoral. Do mesmo modo, a partir de 1995 foi organizado o ministério extraordinário da Eucaristia tanto nas comunidades da cidade como no interior.Foi realizada em 1998 as Santas Missões Populares. As SMP trouxeram um novo vigor para o povo e ânimo para as Comunidades, contribuindo imensamente com o surgimento de novas lideranças, fortalecimento das pastorais etc. É como fruto das SMP, pode-se citar o nascimento da Infância Missionária na Paróquia de São João Batista. Trata-se de uma Obra Pontifícia que traz um bem imenso com a organização das crianças em grupos e que tem como objetivo despertar a missionariedade nas crianças. Com o lema- criança evangeliza criança, as crianças vão se sentido também responsáveis pela caminhada da Igreja.
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Paróquia Santo Antônio de Pádua - Baião/Pa
1- CRIAÇÃO DA PARÓQUIAA data de criação da Paróquia de Santo Antônio de Pádua conforme consta se dá no ano de 1758, no tempo em que Dom Miguel de Bulhões era bispo do Pará. O primeiro vigário conhecido foi o Padre Francisco Martins e Pontes, em mais ou menos 1833.Entre as primeiras famílias portuguesas que vieram para o Tocantins, está a família de Antônio Baião, residindo primeiramente em Cametá, passando posteriormente para o lugar que hoje se chama Baião. A devoção a Santo Antônio vem desta família. Daí o motivo da Paróquia ser dedicada a Santo Antônio de Pádua.Em Baião foi construída uma pequena capela dedicada a Santo Antônio que por certo foi Matriz por um longo tempo. A atual matriz foi construída no ano de 1922, passando posteriormente por reformas e ampliação.2- FATOS IMPORTANTESEm 1940, o Arcebispo de Belém Dom Antônio de Almeida Lustosa, deixa aos cuidados da nova prelazia de Conceição do Araguaia parte da Paróquia de Baião por um período de três anos. Na verdade, o território do município de Baião, e consequentemente o território da paróquia se estendia até o atual município de Itupiranga (Itupiranga pertence atualmente à Diocese de Marabá), passando por Alcobaça (Tucuruí). Trata-se de uma grande Paróquia. Em 1941, chegaram as primeiras Irmãs filhas da Caridade em Cametá, sendo que aos poucos foram assumindo missão em outras Paróquias, cheando também em Baião. São irmã Helena, irmã Vicentina e Irmã Lima.Em 19 de agosto de 1943, foi começada a obra do Salão Paroquial com o lançamento dos alicerces, sendo inaugurado em 27 de novembro de 1947 como Salão Paroquial CRISTO REI.Em 1951, inicia-se a construção do novo colégio das Irmãs.Em 1952 é criada a Prelazia de Cametá. Em 07 de maio de 1955, foi dada a nomeação do ADMINISTRADOR APOSTÓLICO da Prelazia de Cametá ao Monsenhor Cornélio Veermam, vigário de Cametá, que depois se tornou Bispo Prelado de Cametá.Em 1959, houve a primeira Santa Missões na Matriz.Em 1965, realizou-se a visita pastoral de Dom Cornélio Veerman.Por um certo período, alguns dados não foram registrados no livro de tombo da Paróquia. O que se sabe é que, com a criação da Prelazia de Cametá e com uma proposta de organizar pastoralmente a Prelazia, a Paróquia de Baião também se preocupa em organizar sobretudo as Comunidades Cristãs e uma pastoral mais na linha libertadora. Por quase duas décadas, Pe. Tiago foi pároco de Baião, dando um grande incentivo à organização do povo e aos agricultores. Como exemplo, pode-se citar o apoio aos trabalhadores rurais de Baião e a luta do povo de Anilzinho. O campo experimental de Bração Miri, administrado pelos agentes da Prelazia, contava com grande apoio de Pe. Tiago. Pe. Tiago deixou uma história em Baião.Chegando em Cametá em 1980, Dom José Elias sempre passava por Baião, sendo que, em 1987 fez uma visita pastoral de duas semanas na Paróquia.Com a saída de Pe. Tiago, veio para Baião o Pe. Arno Miguel Longo, ficando nesta Paróquia de 1986 até a páscoa de 1991. Pe. Arno é lembrado como o padre que estava sempre junto às pessoas.3- PADRES DIOCESANOSOs padres lazaristas da Congregação da Missão trabalham em Baião de 1936 até 1991. Neste ano, a Paróquia de Baião é entregue para a Prelazia de Cametá e que passa a ser confiada aos padres diocesanos. No dia 31 de março de 1991, deu-se a nomeação e provisão do novo pároco, o Padre José Geraldo de Melo, que veio de Minas Gerais para trabalhar na Prelazia de Cametá. Pe. José Geraldo dá prioridade à organização pastoral da Paróquia, sendo que em 1991 foram formadas a Equipe administrativa da Paróquia e a equipe de formação, com a finalidade de auxiliar o Pároco nas questões administrativas e zelar pelos bens das Paróquia, bem como trabalhar na formação dos leigos. Também foram organizados os chamados Grupos de Ruas que mais tarde se tornaram “quadras de evangelização”, dentro de uma nova organização feita por Pe. Manoel Crispim.A assembléia paroquial passou a ser realizada desde 1993, para avaliar a caminhada paroquial e definir prioridades para serem trabalhadas. Na assembléia paroquial de 1993 se deu a criação do CONSELHO PASTORAL PAROQUIAL-(CPP) e a implantação do Dízimo na Paróquia.Foi fato marcante na Paróquia de Baião a realização das Santas Missões Populares em 1994, com o objetivo de suscitar no povo a participação ativa na caminhada comunitária.Em 28 de março de 1993 aconteceu a ordenação Presbiteral do Diácono João Thimóteo de Oliveira.Pe. José Geraldo de Melo ficou em Baião até dia 31 de dezembro de 1994, sendo substituído por Pe. João Thimóteo de Oliveira, também diocesano, que ficou como Pároco até a páscoa de 1997. Pe. João Thimóteo é transferido para Belém, para o Seminário São Gaspar, com a função de trabalhar como vice-reitor. A Paróquia, então ganha um novo Pároco, o Padre Manoel Crispim Neto, que teve sua posse no dia 06 de abril do mesmo ano.Pe. Crispim empreendeu a reforma do salão paroquial, a reforma da Igreja Matriz e a reforma da casa paroquial. Ao mesmo tempo, Pe. Crispim deu continuidade à organização pastoral, organizando inclusive a celebração da Crisma no dia 06 de dezembro de 1998 com a presença de Dom José Elias e no dia 12 de dezembro de 1999, com a presença do administrador Diocesano da Prelazia de Cametá, Pe. Gotardo.Em 23 de maio de 1999, aconteceu na Paróquia a Ordenação Presbiteral do Diácono Sílvio Teixeira da Silva.No dia 03 de novembro de 1999, chega a esta Paróquia a imagem da Padroeira do Brasil Nossa Senhora de Aparecida, juntamente com a réplica da Cruz simbolizando os 500 anos de Evangelização no Brasil.A Paróquia de Baião conta com 38 Comunidades Cristãs, incluindo 6 Quadras de Evangelização na cidade. Igualmente, há várias pastorais organizadas, que à medida do possível, procuram ser um serviço ao povo deste município e ser um sinal do Reino nesta terra.
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Paróquia de Sant'Ana - Igarapé-Miri/Pa
A DEVOÇÃO DE SANT’ANA: SUA PARÓQUIA
A devoção de Sant’Ana em Igarapé-Miri, veio de Portugal, ainda em 1704, com a vinda de Antonio Gonçalves de Oliveira e sua filha, menor de 8 anos, Ana Gonçalves de Oliveira, que chegaram a Igarapé-Miri trazendo uma efígie de Sant’Ana, tinha como sua madrinha, a qual foi adquirida em 1700 na cidade de Lisboa, para o seu batizado, ainda em Portugal, uma linda imagem com 87 centímetros de altura, sendo 22 centímetros de pedestal e 65 de corpo propriamente dito, destacando-se, Sant’Ana em pé, com uma expressão que denota à arte com que foi esculpida. Ao lado está a Santa Maria e o Menino Jesus, e ao redor de seus pés, seis anjinhos completam a bela imagem, a qual é venerada pelos fiéis de Igarapé-Miri.Conforme diz o Tenente – Coronel Agostinho Monteiro Gonçalves de Oliveira, em Crônicas de Igarapé-Miri, obra lançada pela Tipografia ad Imprensa Oficial do Estado do Pará em 1899, “Em 1714, Ana Gonçalves de Oliveira, filha do agricultor Antônio Gonçalves de Oliveira, casou-se com p comerciante português Jorge Valério Monteiro, oportunidade em que houve uma demanda imperial quanto ao terreno em que habitavam. Ana, em oração e fé, pediu a intercessão de Sant’Ana, tendo sido atendida. Logo no mesmo ano de 1714, fez a primeira festa. Para isso conseguiu, em Belém, um padre para a celebração da Santa Missa no dia 26 de julho e logo construiu uma capela para as realizações dos festejos, que continuaram até 1730, quando, com diversos filhos em idade escolar, o casal, que estava em condição financeira equilibrada, resolveu voltar para Portugal, tendo vendido a propriedade ao agricultor João Paulo de Sarges de Barros.Sarges de Barros, também agricultor nas proximidades, ao assumir o sítio, assumiu a devoção à Santa, como antes da transação foi acordado.Tinha Sarges de Barros um filho com o mesmo nome João Paulo de Sarges de Barros estudado, que logo conseguiu colocar no Seminário para estudar, com intuito de que, ordenado padre, viesse para a sua localidade.Já em 1740, Sarges de Barros resolveu fazer uma reforma de que a Capela estava precisando. Entretanto, ele achou melhor construir nova capela em pedra e cal, como já estavam usando.Para a construção da nova igreja, pelo que consta dos arquivos do Padre Alexandre de Lira Lobato, ele conseguiu uma planta no seminário onde o filho estudava e procurou executar a obra, construindo a atual igreja com arquitetura romana, para a qual teve muito apoio dos devotos.Já pelos dizeres do jornalista Carlos Corrêa Santos, publicado no jornal “A Província do Pará” do dia 14 de setembro de 2000, que cita uma apresentação do livro e ciclo CNCDP, quando a estudos do acervo de Landi, a professora Isabel Mendonça diz que é uma demonstração de uma série de obras em Belém e interior através da arquitetura ao italiano Antônio Guiseppe Landi, do século XVIII, como a capela de São João Batista, a Igreja e o Convento de Nossa Senhora do Carmo, na Cidade Velha, a Igreja de Sant’Ana, o palácio do Governo, atual Palácio Lauro Sodré, e tantas outras obras por Landi construídas na cidade de Belém, quando procurou mostrar as construções do interior, pois logo chegou a Europa, viajou muito para o interior para efetuar obras nas diversas localidades, demorando-se nas cidade de Cametá e Igarapé-Miri em construções de obras suntuosas. Pelo que nos consta, na cidade de Igarapé-Miri, a única obra era a igreja de Sant’Ana. Por essa razão, deduz-se que a igreja Matriz de Sant’Ana em Igarapé-Miri teve os olhos e as mãos do mais renomado arquiteto da história do Pará, Antônio Guiseppe Landi.Com a igreja concluída, o filho de João Paulo de Sarges de Barros foi ordenado padre pelo Seminário, justamente no princípio da década de 1750, quando propôs ao pai fazer a doação da Igreja ao Bispado do Pará. Justamente a 29 de dezembro de 1752, o Bispo Dom Frei Miguel de Bulhões, em Pastoral, que a erigiu em Paróquia Calada, tendo trazido como secretário o Padre Manoel Ferreira Leonaldo, que em nome do Bispo, fez leitura da Pastoral.Achando-se atualmente em vista e procedendo com o beneplácito dos reverendos párocos da cidade de Campinas e as mais formalidades de direito, fundamos e erigimos, em paróquia Calada, esta igreja de Sant’Ana de Igarapé-Miri, a qual, daqui por diante, fica pertencendo ao Padroado Real, cujos limites principiam desta boca do mesmo Igarapé-Miri, ao rio Moju até o rio Piquiarana, inclusive para a parte de Abaeté, até a saída de um e outro rio da baia do Marapatá, em cuja edificação interpomos a nossa autoridade ordinária e decreto judicialmente.Dois anos após, achando-se criada e fundada a Paróquia de Sant’Ana em Igarapé-Miri, deu à comunidade novos valores de vida e desenvolvimento. Os costumes da época e a poderosa influência religiosa do século XVIII, bem justificam a prosperidade da Freguesia, depois da elevação da Igreja de Sant’Ana à categoria de Paróquia.O Reverendo Bispo Dom Frei Miguel de Bulhosa, voltou em visita à Paróquia Calada de Igarapé-Miri em junho de 1754, e em sua presença compareceu João Paulo de Sarges Barros, que declarou doar à Sant’Ana o terreno que ai possuía. Dessa doação foi lavrado o competente termo, em 25 de junho do referido ano, sendo assinado pelo doador, o beneficiário e as testemunhas, João Coelho da Silva, Manoel Caetano de Azevedo, Manoel Pereira Soares, Pedro Calestino Lobato, Alexandre Luiz da Silva, Antônio Gonçalves de Aguiar e Raimundo de Sá e Souza.Da Paróquia Calada de Igarapé-Miri foi seu primeiro vigário, conforme desejo de seu pai, João Paulo se Sarges de Barros, permaneceu como vigário até seu falecimento em 1777.
PARÓQUIA DE SANT’ANAA cidade de Igarapé-Miri, se acha à margem do rio Miri que cruza com o rio Merurú e vai desembocar no Maiauatá, que se despeja no formoso Tocantins, onde à vistas inúmeras ilhas cercadas de barrentas águas. O município é cheio de pequenos rios e igarapés que mais parece um labirinto, cheio de vegetação às margens em geral muito apreciável. Igarapé-Miri foi no passado um Município Açucareiro e fabricante de aguardente de cana-de-açúcar, muito movimentado até a década de 60. hoje, cultiva o açaí, extrai palmito, é escoadouro de frutos do açaí, de lavoura branca e madeira. A paróquia de Sant’Ana se acha presente neste município com uma matriz bem conservada na cidade e mais 76 capelas espalhadas em todo o município e algumas de cimento armado. A linha divisória da paróquia se dá pelo pindobal com Cametá, Vila Maiautá com Abatetuba e rio canal com o Mojú. Atualmente, a paróquia tem cinco vilas de porte médio para atender, sendo: Uma no rio Anapú (Vila Menino Deus), duas no rio Cagi (Belos Prazeres e Bacuri) outra no rio Meruú (Vila de Icatú) e a maior de todas (vila de Maiauatá). As demais comunidades são relativamente pequenas e algumas sendo reconstruídas. Para chegar até as comunidades é necessário obedecer as marés. O povo das comunidades tem sangue indígena e geral mentalidade de comércio o que leva a predominar pelo lado indígena é a desconfiança e pelo lado do comércio a necessidade de andar de pressa. Entretanto é um povo muito crítico até por demasia, tornado-os sempre insatisfeitos e desejando tirar vantagens mais que o outro. Esta análise marca também o universo religioso do povo de Igarapé-Miri, onde toda e qualquer mudança exige um tom prático do conhecimento dos entraves da cultura do povo.Como se acha hoje a paróquia? Acha-se passando por um processo de mudanças ainda não tão expressiva, mas de abertura e quero fazer notar que as comunidades já se preocupam com a formação e organização das atividades. Note-se de passagem, que a paróquia caminha para a sua auto-sustentação e se responsabilidade com sua demanda. Por sua vez, a paróquia é grande, exigente e completa que exige também de quem coordena um plano de ação. Nesse horizonte, o trabalho não é fácil daí requer exigência pessoal, firmeza e sobretudo comunhão na busca do que se quer. Portanto, a igreja vê um esforço brotando em querer de modo especial promover e acolher a fé no povo, dando sentido em sua vida. Resumindo, as comunidades ainda estão peregrinas nas estradas do mundo para anunciar a Cristo Verdade e vida (Jo. 14,6).
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Paróquia Nossa Senhora da Assunção - Oeiras do Pará/Pa
1- OEIRAS: DE ALDEIA A VILAA colonização da Amazônia deu-se a partir dos rios. Os portugueses fundavam cidades e vilas no lugar das aldeias indígenas. Assim foram fundadas: Belém, Santarém, Alenquer, Cametá e Oeiras entre outras. Muitas cidades tiveram grande importância econômica e política para o Pará e Portugal no período colonial.A fundação de vilas facilitava a vinda de funcionários do rei, comerciantes, donos de terra e religiosos. Estes se estabeleciam junto com representantes reais.A ocupação de Oeiras surgiu nessa trajetória. Vieram comerciantes, funcionários reais e religiosos. A domesticação dos índios era prioridade para não faltar mão-de-obra.A vila de Oeiras é fundada e, em seguida, construídos: o pelourinho, a casa de cobrança de impostos e instalada a igreja.Oeiras, antes do período colonial era uma aldeia indígena chamada Araticu, cuja tradução livre pode ser “língua de papagaio”. Araticu é também o nome de diversas árvores da família das Anonáceas. A anonácea longiflora, por exemplo, fornece madeira branca muito dura. O fruto é comestível. Segundo citação de Manoel Barata: “Era esta a aldeia que Baena chama de Iguape e que Antônio Cochado de signa por Aldeia dos Valentões”. A Aldeia Araticu era administrada pelos padres da Companhia de Jesus. Antes ela pertenceu primitivamente aos índios Cambocas ou Bocas.Araticu, antiga aldeia, já era conhecida desde 1653 – ano da chegada do padre Antônio Vieira ao Pará. Era uma aldeia da Amazônia onde o trabalho de catequese prosperou.Os padres jesuítas com o trabalho juntos aos indígenas transformaram a aldeia em Freguesia de Nossa Senhora da Assunção de Oeiras. Daí no nome da protetora da cidade ser Nossa Senhora da Assunção.Em 20 de janeiro de 1758, Araticu é elevada a Vila de Oeiras, outorgada pelo governador da Província do Pará- Francisco Xavier de Mendonça Furtado, em observância à lei de 6 de junho de 1755.Francisco Xavier Mendonça Furtado ao chegar, pessoalmente, “elevou a Aldeia de Araticu em Vila que fez instalar no ida 20 de janeiro de 1758, levantando o Pelourinho, fazendo eleição das Justiças e dando-lhe a nominação de Oeiras”.O dia 20 de janeiro de 1758 é, portanto, considerado a data de fundação de Oeiras por esse ato oficial.O cumprimento da lei de 6 de junho de 1755- que elevava a aldeia em vila, chegou em hora que as missões estavam em pleno desenvolvimento. O governo da província entregou a direção da vila a civis leigos que não deram continuidade ao trabalho desenvolvido pelos jesuítas. O progresso da agora vila estacionou. Oeiras era “importantíssima não só pelas riquezas que a zona de contorno encerrava, como pela proximidade e facilidade de comunicação com a sede do Estado. Os padres jesuítas conseguiram congregar um grande aldeamento de índios que se tornou um dos mais adiantados da Missão” (Anais da Biblioteca e Arquivo Público do Pará, 1996).Com a administração fraca, e Vila de Oeiras sofreu com a dispersão dos índios, sendo “desde logo retirados para os serviços do Rei, para os serviços do Estado e para particulares”.Por muito tempo, o povo viveu a sua fé através das ladainhas e romarias nas festas dos santos de sua devoção promovidas pelas irmandades. Antes de Oeiras se Paróquia, os padres celebravam missas e batizados em barracões cujos nomes ainda são lembrados: Barração Santa Rosa, Paraíso, Nobre e São Luis.Muitos padres passaram por Oeiras: Pe. Geraldo Pater, Frei Paulino de Sellere, Pe. Emílio Martins, Frei Agostinho de Fortaleza, Frei Jesus Paulo, Pe. Luiz de Heritena, Pe. Cornélio Veerman... Oiras era atendida por Belém. Os padres vinham de Belém. A partir de 1955, os padres de Cametá começaram a visitar Oeiras por ocasião de Batizados, casamentos e missas de desobriga, sendo que em 1955 o padre Adriano Nalden passa a residir em Oeiras.2- FUNDAÇÃO DA PARÓQUIAA Paróquia Nossa Senhora da Assunção foi fundada em agosto do ano de 1958, atingindo os municípios de Oeiras e Bagre. O município de Bagre pertenceu à Paróquia de Oeiras até 1994, quando passou para a Prelazia do Marajó. Um ano depois da fundação da Paróquia, veio o primeiro padre: Pe. Arnoldo Konings. Pe. Arnoldo Konings, CM, nasceu em 29 de agosto de 1924 em Roosendaal, Holanda. Entrou na Congregação dos Lazaristas em 27 de janeiro de 1945. Foi ordenado Sacerdote em 15 e junho de 1951, e chegou ao Brasil em 02 de setembro de 1952. De janeiro de 1953 até dezembro de 1954 era docente e formador no Seminário de Caxias do Maranhão. Em 03 de fevereiro de 1955 foi trabalhar na Prelazia de Cametá, onde serviu nas Paróquias de Cametá e Tucuruí, sendo que durante 35 anos ficou na Paróquia de Oeiras do Pará. Incansavelmente se esforçou para o bem estar do povo de Oeiras e Bagre em todos os setores de pastoral, educação, trabalho, saúde... e acompanhou naquela imensa Paróquia todas as Comunidades Cristãs do interior.Aqui há um detalhe: em 1957, Pe. Arnoldo foi transferido para Cametá e Pe. Henrique Riemslag foi nomeada vigário de Oeiras. Pe. Henrique começa a construção do Instituto Nossa Senhora da Assunção (INSA), hoje Hospital de Oeiras do Pará. Em 1961 vem para Oeiras Pe. Bernardo Gales. Pe. Arnoldo volta a Oeiras no ano de 1964, ficando em Oeiras até o final de sua vida em 1997.Trabalhou com Pe. Arnoldo o Pe. João Vicente que chegou em Oeiras em 1981. Depois este se mudou para Belém. Em 1991, chegou Pe. Afonso, que ficou em Oeiras até 2000.3 - FATOS E MOMENTOS MARCANTE NA VIDA DA PARÓQUIANo dia 20 de março de 1961, chegaram a Oeiras as Irmãs Filhas da Caridade que, aém de trabalhar no INSA, contribuíram com a criação das Comunidades Cristãs: catequese, mutirões e fortalecendo a caminhada da pastoral e da educação numa linha libertadora. As primeiras irmãs foram Ir. Sílvia, Ir. Ana Maria e Ir. Filomena.No dia 13 de agosto de 1972 foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais no Município, que fugindo de seus objetivos, fica restrito somente a um grupo e pessoas. O fato é que a partir dos anos 80, o grupo de animadores das Comunidades Cristãs, incentivados e apoiados pelo padre e pelas Irmãs reconquistaram a direção do Sindicato. Os mesmos deram um impulso à filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT), que em 1993 elegeu: Evandro Carlos Miranda, o primeiro Prefeito desse partido no território da Prelazia de Cametá.Deste período em diante, muitas lideranças populares e religiosas cresceram e deram uma parcela de contribuição na caminhada pastoral, ajudando nossos irmãos nas comunidades a crescer na fé e na prática de vida, lutando por um mundo mais justo e fraterno. O destaque desta caminhada é o nascimento das Comunidades Cristãs- CCs, tanto no interior como na cidade.No dia 23 de novembro de 1996 é ordenado Pe. José Maria Chaves dos Reis, o primeiro padre filho da terra.Em 2000, com a mudança por causa da situação de saúde de Pe. Afonso, o povo sente a necessidade de alguém para orientá-lo. Mesmo assim não desanima na fé e no compromisso. Para a alegria da comunidade paroquial, chegou em dezembro de 2000 o Padre Marcelino , o qual animou e entusiasmou o povo com seu jeito simples e amigo, trazendo esperanças. No ano seguinte, chegaram de Recife as Irmãs da Sagrada Família (07/03/01), cuja Congregação é de origem francesa, tendo sua casa central no país, em Pernambuco. Vieram com o desejo de inserir-se naquela em realidade paraense e assim revelar o rosto do Deus da ternura.Na história da Paróquia, alguns acontecimentos marcaram sua caminhada:• A saída do Padre Marcelino, deixando tristeza e saudades. Com sua saída, as Irmãs passaram a administrar a Paróquia.• A peregrinação de Nossa Senhora da Assunção tornou-se momento forte de fé e devoção à Maria, que possibilitou melhor estrutura e organização.Fundamentados no pensamento bíblico que diz: “Eu vi um novo céu e uma nova terra”, a Paróquia faz a sua caminhada com o pároco Pe. Manoel Crispim, as Irmãs e o povo, sempre em busca de uma vida de justiça e de paz para todos, isto é, uma Paróquia viva, com entusiasmo e compromisso com a causa do Reino de Deus.*NOTA BIBLIOGRÁFICA- Iza Cunha, Oeiras do Pará- dois séculos de história.
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Paróquia Imaculada Conceição - Limoeiro do Ajurú/Pa
1- O MUNICÍPIO DE LIMOEIRO DO AJURU1.1- LOCALIZAÇÃOO município de limoeiro do Ajuru está situado na região nordeste do estado do Pará, fazendo frente para o Rio Pará e Rio Tocantins. O município é formado por uma área equivalente a 1.404,5 Km², densidade demográfica de 12.81 hab/Km² e uma população de aproximadamente 19.600 habitantes.O município de Limoeiro pertencia ao município de Cametá, ou seja, o distrito de Limoeiro era uma vila do município de Cametá. A emancipação política se dá em 29 de dezembro de 1961, através da Lei Estadual Nº 2.460, publicado no Diário Oficial Nº19.759. O “Ato de Instalação” do município de Limoeiro do Ajuru foi realizado no dia 25 de abril de 1962.1.2- O NOME LIMOEIRO DO AJURUSegundo os registros da obra de Lauro Sabá, a denominação de Limoeiro do Ajuru se dá ao fato de Limoeiro ser o nome do rio onde se concentrava uma vila composta por 18 casas, que tinha como líder o político Severino Leão. Este rio localizava-se às margens do rio Tocantinas nas proximidades de sua foz. Ajuru, ao fato de existir na época em grande quantidade um papagaio denominado de AJURU. Através das novas informações, o nome da cidade foi resultado de uma questão política que adversários chegam a um consenso para efeito do registro, ou seja, atribuir um nome para constar em documento, imprescindível na história de um município. Dessa maneira, fundiram-se os dois nomes: LIMOEIRO, nome da vila e AJURU, nome da outra localidade, tornando-se então, LIMOEIRO DO AJURU.2- DEVOÇÃO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO2.1- ORIGEM DA DEVOÇÃONo ano de 1771, o comerciante cametaense, Manoel de Vasconcelos, adentrou no Rio Limoeiro se instalando à margem direita, fundando na ocasião o povoado com o nome de Bela Vista, formada por treze casas e uma capela em honra a Nossa Senhora da Conceição.Em 1896, o povoado de Bela Vista pertencia ao senhor Francisco Manoel Novaes que venerava a Imaculada já em outra capela. Posteriormente, estas terras foram vendidas, sendo que uma parte do terreno foi doada para que fosse erguida a primeira Igreja de Nossa Senhora da Conceição.Aos poucos as pessoas foram invadindo as terras próximas, tornando-se assim a “Vila Nossa Senhora da Conceição”. No início a festa de Nossa Senhora da Conceição era realizada em barracões provisórios.2.2- A IGREJA DE CONCEIÇÃOA primeira igreja de Nossa Senhora da Conceição de estilo barroco, estava localizada, onde é o atual fórum e uma parte do atual salão paroquial na Rua Conceição. Havia no local um confessionário feito de madeira, o qual é hoje a Secretaria Paroquial.Em 1967 já exista o Município de Limoeiro do Ajuru, cujo prefeito era Valdemar Lopes de Menezes, o qual mandou demolir a primeira igreja, sob o pretexto de que iria construir outra mais espaçosa.2.3- ATUAL IGREJAFoi construída no período do governo de Waldemar Menezes (01/01/67 a 31/12/70) que iniciou os trabalhos levados adiante pela comunidade local.A recente fachada da frente da igreja foi feita em 1996 pela equipe que coordenava a Comunidade e a Irmã Fátima Bertole. O forro foi concretizado no mesmo ano.No entanto, em 2001, por ocasião da Elevação à Paróquia, foram feitos alguns trabalhos de adornos internos, tais como: o quadro de Jesus e a Samaritana e Moisés no deserto, feitos por Conan; a pintura da realidade de Limoeiro, por Miguel Ferreira de Sena;Nesta época, antea de 2001, a Comunidade contava com os padres da Paróquia São João Batista em Cametá.No município realizavam-se algumas festas: Festa do Rosário, Festa de São Sebastião e a festa de São Pedro, esta última ainda continua.3- AS RELIGIOSAS4.1- FILHAS DA CARIDADE DE SÃO VICENTE DE PAULOAs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo da Província de Fortaleza, foram enviadas para trabalhar no Instituto Nossa Senhora Auxiliadora em Cametá, Pa. Mas motivadas para atuar entre as comunidades cristãs, foram convidadas pelas comunidade de Limoeiro do Ajuru para ajudarem na cidade, uma vez por mês. É importante lembrar das irmãs pioneiras nessa missão: Irmã Lúcia Almeida, Irmã Silene Araújo e Irmã Valdira Carlos.Este trabalho foi feito por elas até a chegada das irmãs da Beneficência Popular.4.2- AS IRMÃS DA BENEFICÊNCIA POPULARNo dia 07 de abril de 1984 chegam as Irmãs da Beneficência Popular em Limoeiro. As primeiras irmãs foram: Irmã Dulce, Irmã Luzia e Irmã Margarida, as quais com muita fé e êxito fizeram a experiência. As irmãs vieram de Minas Gerais, lugar onde nasceu a sua Congregação. A irmãs da Beneficência Popular trabalham em muitas partes do Brasil, sempre na missão ou em trabalho inserido.Hoje faz mais de 18 anos que as irmãs atuam na paróquia. Segundo o fundador da Congregação, Monsenhor Rafael, o qual resume a missão delas com a frase: “Nossa Associação é Beneficência Popular, que quer dizer ‘EM BENEFÍCIO DO POVO’(...) Somos capazes de grandes realizações quando cooperamos com a graça de Deus”. Muitas irmãs já atuaram na cidade, e hoje contamos com a colaboração das Irmãs: Maria Marques Soares (Preta), Maria da Luz (Daíse) e Dinalva Pinto Côrrea.Fizeram também em Limoeiro uma experiência Inter-congregacional as Irmãs Missionárias Diocesanas de Montes Claros, Minas Gerais, no período de 1998 a agosto de 2001.4.3- PADRES QUE TRABALHARAM NA PARÓQUIALimoeiro do Ajuru era atendido pelos padres da Paróquia São João Batista, uma vez que a Paróquia Imaculada Conceição pertencia a Cametá até dia 05 de agosto de 2001. Foram muitos padres que vinham de Cametá para atender Limoeiro, sendo o primeiro Pe. Fernando Van Dijik (conhecido como Imperador do Tocantins, o qual era braço direito de Dom Cornélio) em 1936, até ao Pe. Sílvio Teixeira em 2002.• As ilhas de cima- Área de São Pedro;• Área da estrada- Área Santa Maria;• Cidade de Cametá- Área Dom José Elias.Ficou definido também nesta Assembléia que o dízimo da área Imaculada Conceição ficaria na própria área, para as despesas das irmãs, formação de catequistas, evangelização e visitas pastorais.6- CASA DO PADREEm 1999, com apoio de Pe. José Maria, das irmãs e de toda as Comunidades de Limoeiro, foi dado o início à construção da casa do padre, num terreno ao lado da casa das Irmãs. A construção foi concluída em 2001. É a casa onde reside o Pe. Sílvio Teixeira.7-A ÁREA PASTORAL É ELEVADA À PARÓQUIAA missa de elevação da Paróquia foi celebrada por Dom Jesus Maria. Na mesma ocasião, aconteceu a posse do primeiro pároco, Pe. Sílvio Teixeira. Pe. Sílvio recebeu entre aplausos, fogos e muita emoção a chave do Sacrário. O agradecimento foi um dos momentos fortes da celebração. O dia amanheceu belo. O sol forte mergulhava penetrando os rios. O rio como um tapete brilhava e o vento como uma brisa acalentava as palmeiras. Era o dia 05 de agosto de 2002.
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Paróquia Imaculada Conceição - Mocajuba/Pa
INTRODUÇÃOEste breve relato da Paróquia de Mocajuba foi feito a partir de dados colhidos do livro de tombo desta Freguesia e informações colhidas de alguns leigos, que nos forneceram dados escritos e orais.Em alguns dados fornecidos consta que antes de ser fundada a Paróquia de Mocajuba, havia aqui a festividade de Nossa Senhora da Conceição, conhecida como Nossa Senhora de Tauaré. Esta fundada no dia 08 de Dezembro de 1853 que teve como principal fundador o Bispo diocesano do Grão Pará, D. Afonso de Moraes Torres. Estando este em visita Pastoral fez a fundação. Na época a festividade acontecia no 6º distrito do Rio Tauaré deste município.A festividade de Nossa Senhora da Conceição foi transferida do Maxi (Tauaré) para o Mucajazal no ano de 1854 e a Paróquia de Mocajuba foi desmembrada da de Cametá e criada pela lei nº 228 de dezembro de 1853, sob a denominação de Nossa Senhora do Maxi. Os limites entre as Paróquias vizinhas foram estabelecidos através da lei nº 1303 de 28 de novembro de 1887. Durante esses anos todos muitas coisas aconteceram na vida da Igreja de Mocajuba que o povo conta com muito entusiasmo. Pôr exemplo, o surgimento da primeira bandinha de música. Consta que até o ano de 1902, não existiam instrumentos para animar as celebrações. O festeiro da época, o Sr. Joaquim Valente, foi a Belém e comprou alguns instrumentos e ofereceu aos músicos da família Sousa, e assim surgiu a primeira banda de música para tocar no coral da Igreja Matriz. Após tocarem a alvorada no Coreto, desfilavam tocando nas ruas da cidade. Acompanhava também a comissão que tirava donativos para o leilão e no dia 08 de dezembro, dia da festa, promoviam duas passeatas: uma até a casa do festeiro e outra até a casa do prefeito, isso aconteceu até a década de 60.
1- ACONTECIMENTOS QUE MARCARAM PROFUNDAMENTE A VIDA DA IGREJA EM MOCAJUBA.Em 1926, não se sabe o dia exato, dizem que o sino tilintou durante 12:00h como sinal de tristeza, por motivo do casamento do padre Antonio Braga com a jovem Wanda Moller.08 de dezembro de 1931, dia da festa, a Igreja Matriz amanheceu fechada, por motivo de promoverem festa profana na véspera da missa, na Prefeitura Municipal. O padre da época viajou a meia noite para a Vila de São Benedito e não houve missa da padroeira. A Igreja só foi reaberta em 1933 pelo período da festividade da Imaculada Conceição.1968- Roubaram a coroa de ouro da Padroeira e mais objetos sagrados da Igreja Matriz.Dia 20 de janeiro de 1991- A Igreja Matriz foi fechada novamente por D. José Elias Chaves, acompanhado pelos padres: Geraldito, José Coutinho Favacho e Pe. Pierre, um Padre francês que estava de passagem pela Prelazia. O Padre Ari Alves dos Santos era o Pároco. A Igreja foi fechada por tempo indeterminado e o motivo do fechamento foi a invasão da Praça da Matriz, da quadra onde era construída a Barraca da Santa e a profanação do Santíssimo. O administrador da prefeitura – Wilde Leite Colares, destruiu o coreto pertencente ao patrimônio da Paróquia e deu motivos para outras pessoas invadirem e profanarem objetos sagrados da Igreja Matriz. No dia 25 de agosto de 1991, a Igreja foi reaberta após uma grande Vigília promovida pelos fiéis católicos da Paróquia e convidados especiais. Houve também apoio e participação de outras Igrejas. No período em que a Igreja estava fechada, as missas foram celebradas no Instituto Nossa Senhora das Graças. A Igreja permaneceu fechada durante sete meses. Nesse período Foram promovidas muitas procissões pelas principais ruas da cidade e muitas orações.2- OUTROS FATOS HISTÓRICOSA partir de 1935, chegam à Mocajuba os primeiros padres lazaristas- CM. Pe. Fernando Van Dijk (Pároco) e Thiago Van Rijn (Vigário Cooperador) eram padres da Paróquia São João Batista de Cametá, atendo também Mocajuba e Baião. Estes permaneceram em Mocajuba até 1948. Pe. Geraldo Pater, Pe. Pedro Hermans e o Pe. Cornélio Weerman sempre que por aqui passavam celebravam Missa.O segundo vigário destra Paróquia e com residência fixa, foi o Padre Thiago Poels, que permaneceu até o ano de 1955, sendo que o mesmo construiu a alicerce da atual Igreja Matriz.1948, o Mons. Cornélio Weerman, considerando Mocajuba um lugar essencialmente Católico, enviou o Pe. Thiago Poels e incentivou as irmãs da caridade para trabalharem em Mocajuba. A Irmã Helena Marcillac foi a Primeira a visitar esta freguesia. “Irmã Helena voltou, e as autoridades junto com o Pe Thiago providenciaram a casa para as Irmãs morarem. Como era difícil construir, alugaram uma casa para a morada das irmãs e no casarão funcionava a Escola. (Este casarão foi demolido, restando ainda o paredão da frente)”.Foi um processo longo, muito gente desanimava devido às incertezas. No dia 19 de março do ano de 1949, às 11:00h da manhã chegaram aqui as Irmãs: Gabriela Silva, Irmã Letícia e a Irmã Elizabeth Frade. Não tendo professores o suficiente para funcionar a escola, elas trouxeram as professoras: Jandira Farias, Lourdes Mesquita e Irene Messias. E foi imensa a alegria em Mocajuba”. (cf. celebração dos 50 anos do Instituto Nossa Senhora das Graças – 1ª leitura).O começo foi difícil, os saldos da Igreja eram mínimos, não dava para fazer casa paroquial e salão paroquial e ainda sustentar as irmães. Dizem que o Prefeito da época (Manoel Gonzaga da Igreja – Tio Duca) deu muito auxílio para que as irmãs permanecessem nesta Paróquia. O Pe. Thiago chegou preparar uma granja e um canteiro de horta para ajudar na manutenção das irmãs. Com muitos obstáculos foram vencidas todos as dificuldades.Com a chegada das irmãs, a catequese foi logo organizada e houve muita aceitação das crianças. As irmãs sempre contribuíram na vida da Paróquia. Tomaram parte ativa na liturgia, e com os leigos, formaram grupos de oração e ajudavam nos serviços gerais da Igreja orientando o povo como melhor participar e cuidar dos bens de sua Igreja.No ano de 1949, pela iniciativa do Pe. Thiago, apoiado por Mons. Cornélio Weerman, vigário de Cametá, foi fundado o Colégio das Irmãs da Caridade, que tinha como principal motivo à implantação da CATEQUESE, SAÚDE E A EDUCAÇÃO. O trabalho consistia em educar e instruir jovens e crianças, organizar e desenvolver a catequese, atender e socorrer os doentes e visitar as famílias mais carentes.No ano de 1951, foi iniciado o trabalho da CATEQUESE no interior, estendendo as atividades nos seguintes lugares: Acapuquara, Prainha, Mazagão, Sant’Ana, Tauaré, Vizeu, e as vilas de São Benedito e Vila do Carmo. O Pe. Martinho foi nomeado como Vigário cooperador para trabalhar na catequese, no interior fundou diversos centros de Catequese e Cruzada infantil. O Pe. Adriano, muito zeloso, deixou esta Paróquia em agosto de 1957.No ano de 1952, a Paróquia de Mocajuba, recebeu o anúncio através da circular n° 30, do governo arquidiocesano, sobre a criação da PRELAZIA DE CAMETÁ. O Arcebispo de Belém do Pará, jubiloso, saudava todos os habitantes da nossa Prelazia pela graça que acabara de receber. Saudou igualmente os Padres Lazaristas, que por quase dois decênios, com edificante abnegação, trabalhavam na região Tocantina e os trabalhos das filhas da caridade com inexcedível espírito de Fé e renúncia, exercem atividades educativas e assistenciais nas Paróquias de Cametá, Mocajuba e Baião. A circular nº 30, foi passado na cidade Arquiepiscopal de Santa Maria de Belém, aos 08 de dezembro, festa da Imaculada Conceição, de 1952. Santo Pe. Pio XII, Sumo Pontífice, acabava de criar a Prelazia de Cametá, pôr um ato de sua suprema Jurisdição Pastoral, no dia 19 de novembro de 1952. Com a saída do Pe. Thiago Poels ficou assumindo a Paróquia o Pe. Pedro Nota, que foi nomeado Pároco desta paróquia em 20 de agosto de 1955, foi também nomeado confessor ordinário das irmãs de caridade de Mocajuba. Neste período foi terminada a obra do Salão Paroquial onde eram celebradas as missas. Em 1964, foi autorizado aos padres lazaristas pra que fosse introduzida a celebração da Santa Missa em português, uma reforma recomendada pelo Concílio Ecumênico. O Padre também passou a celebrar a missa de frente para o povo que antes era de costas para a Assembléia. O Pe. Guilherme preparou uns livros pequenos para este fim. A tipografia paroquial foi instalada naquele mesmo ano para ajudar nos trabalhos impressos da Paróquia.No ano de 1966, a Paróquia foi dividida em 27 capelas localizadas nos seguintes núcleos: Vila do Carmo, Vila de Areião, Ilha Grande de Juaba, Tamanduá, Vila de São Benedito, Furtados, Uxizal, Mojutapera, Mangabeira, Vizeu, Acapuquara, Icatu, Juba, Mutuacá, Cantanzal, Putiri, Itabatinga, Jurubatuba, Tauaré, Tourão e Sant”Ana.3- SURGIMENTO DAS COMUNIDADES CRISTÃS E ORGANIZAÇÃO PASTORALDe 1967 a 1972, a nova equipe de Irmãs, unidas à linha de ação da Prelazia de Cametá, iniciaram os movimentos de grupos de bairros, dando os primeiros passos para a criação das futuras comunidades na cidade. Os movimentos de jovens cresciam e se fortaleciam com a atuação e acompanhamento das Irmãs.Em 1967, foi implantado o CULTO DOMINICAL em muitas capelas da Paróquia, onde havia leitura do Evangelho, oração e cânticos. Neste ano o Bispo da Prelazia de Cametá, D. Cornélio Weerman, em visita pastoral percorreu toda a Paróquia de Mocajuba.Os trabalhos de conscientização e promoção humana se faziam numa linha de ação sempre unida à Igreja local e sob as orientações da Prelazia de Cametá. No ano de 1969, o distrito cidade foi dividido em quatro comunidades cristãs: Arraial (Nossa Senhora do Rosário), Boa Esperança, Aliança Fraterna e Nossa Senhora das Graças. Neste período as comunidades começam a se estruturar criando as coordenadorias que seriam ao mesmo tempo equipes da festa do Padroeiro e da Comunidade. Até o final da década de 70 e meados da década de 80 as comunidades tinham como estrutura: 1º presidente e 2º presidente; 1º secretário e 2º secretário; 1º tesoureiro e 2º tesoureiro. Ainda nesta década por volta do ano de 1971, o Pe. Bernardo organizou os cursos de corte e costura, datilografia e Clube de mães, assim chamado, o qual hoje se denomina: Associação das Mulheres. Algumas dessas mulheres participam até hoje dessa associação. No começo esse trabalho era feito sob a responsabilidade da Paróquia em convênio com a CÁRITAS.Em 1972, foram fundadas na Paróquia 17 Comunidades Cristãs e 15 em fase de experiência.O ano de 1974 foi marcado como um tempo de mudança, o trabalho da catequese exigia presença sempre nova e atuante das lideranças, as irmãs engajadas no trabalho pastoral da Prelazia, dirigiam-se mensalmente para as Ilhas onde era realizado o encontro de intercomunitário, abrangendo cerca de 05 a 08 comunidades. Eram momentos de animação, celebração e avaliação da caminhada comunitária. Na cidade o trabalho era acompanhado através dos grupos comunitários existentes. A juventude também desperta e começa a se encontrar em pequenos grupos. Surge um pequeno grupo de crianças com o nome de crianças missionárias, era uma motivação para as crianças após a 1ª Eucaristia.A década de 80 começa com a festa de 40 anos de sacerdócio do Pe. Pedro Nota. Para esse acontecimento vieram irmãos e cunhados do Padre. Foi uma festa marcante em Mocajuba. Um dos motivos de tanta alegria é que o Padre estava se restabelecendo da operação de um tumor maligno na bexiga e a operação foi bem sucedida. Em 1980 a Paróquia toda se mobiliza para a chegada do novo Bispo da Prelazia, D. José Elias Chaves. Em 1981, acontece a primeira visita pastoral de D José Elias à Mocajuba, vindo com ele os Padres Leônides, Germano Nalepa e Carlos Neto. A visita aconteceu em todas as comunidades da Paróquia.Com a chegada de D. José, muitas mudanças ocorreram na vida da Igreja. Porém, já havia uma boa caminhada. Muitos distritos já estavam organizados, onde a maioria tinha a presença dos animadores que ajudavam na articulação e organização das CC’s.Nos anos 80 há uma presença mais significativa da Igreja com as questões sociais. Muitos comunitários e animadores se lançam na luta pela conquista dos sindicatos. Muitas lideranças comunitárias, devidas o crescimento da consciência crítica, aderem a movimentos e partidos que defendem a classe trabalhadora; as comunidades vão se organizando e criando as pastorais específicas sendo a Pastoral da Saúde uma das pioneiras. Lembrando que já havia nas comunidades, o Culto Dominical, a catequese, o Círculo Bíblico, preparação para os sacramentos e a festa dos padroeiros, sendo organizadas pelas comunidades. Muitas pastorais vão surgindo na Paróquia com a ajuda dos animadores das irmãs e dos padres. 1985 foi o ano Internacional da juventude. Na Paróquia já havia bastantes jovens se encontrando, porém ainda desarticulados. O Pe. José Coutinho Favacho, que era o responsável por esta pastoral, envia convites para alguns jovens irem até Belém para um curso de coordenadores da Pastoral da Juventude. Estes voltando, organizam melhor esta pastoral. Muitos jovens se destacam nesta pastoral.Um dos acontecimentos marcantes nesta Paróquia foi a festa dos cinqüenta anos do Pe. Pedro, no dia 21 de julho de 1985, onde estava presentes quase todos os coirmãos da Prelazia.Em janeiro de 1987, foi enviado para o Seminário Pe. Josimo (que fora inaugurado em 1986), o jovem militante da PJ, Januário da Veiga Valente. Neste mesmo ano houve uma visita do Pe. José Maria Ribeiro (Reitor do Seminário Pe. Josimo) a algumas comunidades e realizou um encontro vocacional na Paróquia.No dia da Páscoa, 26 de março de 1989, houve uma missa solene às 10:30s. concelebrada pelo Bispo D. José Elias Chaves, e os padres: Pedro Hermans, Sebastião de Carvalho Chaves, Pedro Nota, José Coutinho Favacho, Jaime Kiek, Ari Alves dos Santos e Lino Van Lin. Estavam também presentes o Diácono Lazaristas, Flávio Telles Melo e o seminarista Januário Valente. Era a despedida do atual vigário Pe. Pedro Hermans e o Pe. Pedro Nota, e a posse dos padres, Lino Van Lin e Ari Alves dos Santos. Houve agradecimentos e homenagens. Com seus 80 anos completos de vida, Padre Pedro Hermans entregou a paróquia e voltou para a Holanda.Nos dias 5, 6 e 7 de Julho houve o primeiro Planejamento Pastoral da Paróquia de Mocajuba, com a participação dos Padres, das irmãs, dos 08 animadores e representantes das Comunidades Cristãs. Um total de 60 pessoas.A partir desse momento a Paróquia de Mocajuba passa a ter o rosto de uma Igreja mais participativa e estruturada. Foram criados os Conselhos: Conselho Pastoral Paroquial (CPP), Conselho Pastoral Urbano (CPU) e o Conselho Administrativo (CA). Sendo os representantes de cada Conselho escolhido pelas Comunidades. O Conselho Administrativo, nomeado pelo Padre e apresentado aos conselheiros em assembléia. Foi criada neste período a Comissão FÉ E POLÍTICA, um grupo que ajudava na conscientização, organização e espiritualidade das Comunidades. Assim, muitas organizações e pastorais vão surgindo na Paróquia.No início houve muitas dificuldades, mas era a hora da Paróquia passar por uma renovação Pastoral.Uma das propostas que criou um certo conflito foi a decisão de que, a partir de 1989, não haveria baile dançante durante a novena, e a Comunidade que fizesse a festa não teria a presença do Padre. Numa avaliação constatou-se que essa decisão fez com que as comunidades se tornassem mais evangelizadoras e menos profanas.Ainda em 1989, todas as comunidades se mobilizam para participar do 1° Congresso (20 anos) das comunidades em Cametá. Houve uma grande Missa campal onde foi feito o envio dos participantes.A cada ano era realizada uma assembléia Paróquia, seguida de uma mini-Assembléia nos distritos, para discutir e amadurecer as idéias que seriam aprovadas em Assembléia.
7- PADRES E BISPOS QUE PASSARAM POR ESTA PARÓQUIA7.1- BISPOSDom Cornélio VeermanDom José Elias ChavesDom Jesus Maria Cizaurrê Berdonces7.2- PADRESPe. Adão Van MensouoortPe. Adriano NaaldenPe. Ari Alves dos SantosPe. Bernardo GalesPe. Cornélio OliemeulenPe. David Gonzaga LarêdoPe. Edson Marques de AlcântaraPe. Fernando Van DickPe. G. TowwPe. Geraldo FrenckenPe. Geraldo GommersPe. Geraldo PaterPe. Guilherme HermansPe. Henrique RiemislagPe. Jaime KriekPe. João AlbertoPe. João BoonekampsPe. João MatheusenPe. João Thimóteo de OliveiraPe. João V. EugelenPe. Joaquim Bonifácio da Veiga MachadoPe. José Maria Ribeiro RodriguesPe. José Raimundo Carvalho NériPe. José Ribamar de SouzaPe. Lamberto BastelsPe. Leonides Oliveira MarinhoPe. Lino Ribeiro da PontePe. Lino Van LinPe. Lourenço SoeterboekPe. Manoel BernardoPe. Martinho ReindersPe. Olegário Melo dos PrazeresPe. Pedro HermansPe. Pedro NotaPe. Sílvio Teixeira da Silva Pe. Thiago Van RinsPe. Tiago Poels.
CONCLUSÃOÉ com o rosto de uma Igreja missionária, que a Paróquia de Mocajuba inicia seu trabalho no começo deste Novo Milênio, onde os leigos, as irmãs e o Padre assumem juntos o compromisso de evangelizar.
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Paróquia Cristo Rei - Pacajá/Pa
1- CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PACAJÁA Vila de Pacajá pertencia ao município de Portel, que fica no Marajó. A distância entre Pacajá e Portel é grande, com difícil acesso. Nos anos 80, a população de Pacajá e arredores cresceu muito. Em vista disto e da situação geográfica, foi organizado um movimento de emancipação de Pacajá. A criação do município de Pacajá se dá em maio de 1988.Em novembro de 1988, o Pe. Afonso levou para a reunião dos padres e o bispo, a proposta de igualar a Área da Paróquia com o do município de Pacajá.Neste ano de 88, houve ainda os cursos de Bíblia, orientados pelo Sr. José Maria e o de Liderança VII, animados pelo Edir, Pe. Geraldo Gommers e Pedro Aquino de Cametá. Daí surgiram mais quatro animadores: Simeão, Gonzaga, Cloves e Vicente.A Assembléia Paroquial foi realizada em fevereiro de 1989 com a presença de Pe. Geraldão. A proposta teve como prioridade trabalhar a questão do batismo na cidade e nos setores. A Semana Santa foi bem participada, apesar da chuva. Neste período, o seminarista Olegário veio estagiar na Paróquia. Por um certo período, o Pe. Geraldão e o Diácono Alexandre, em acordo com Pe. Afonso, deram uma contribuição pastoral em Pacajá, percorrendo várias Comunidades da Paróquia.2 - ORIGEM DA COMUNIDADE CATÓLICA DE PACAJÁA Comunidade Católica de Pacajá começou com o incentivo do Sr. Bertulino da Silva, que em meados de 1975 ajudava nos círculos bíblicos e cultos dominicais. Pacajá não passava de um aglomerado de casas, geralmente cobertas de palha. A catequese e os cultos eram feitos nas casas, onde sempre se servia o cafezinho, bolos, biscoitos.Foi no dia 06 de outubro de 1975 que o primeiro padre veio à vila. Era o Pe. Fritz, acompanhado da Irmã Érica. Ele celebrou a primeira missa no grupo escolar da vila que ficava ao lado da casa do Sr. Bertulino. A missa foi às 8h00, na qual houve casamentos e batizados. Pe. Fritz e Ir. Érica eram da Prelazia de Xingu e moravam em Altamira, a 220 km de distância.No dia 23 de dezembro do mesmo ano de 1975, o bispo da Prelazia do Xingu: Dom Eurico Krauther veio à vila, acompanhado de duas irmãs: Terezinha e Clara. Eles se hospedaram na casa do Sr. Bertulino. Todas as casas eram de Taipa ou madeira.Depois do Pe. Fritz, vieram o Pe. Léo e o Pe. Sebastião, os quais visitaram a vila de 1977 a 1978. Depois veio o Pe. Danilo, ficando até fevereiro de 1979. Esses padres eram da Prelazia do Xingu. Nota-se, desde o início, que os casamentos e batizados eram poucos. Em seis visitas, houve quatro casamentos e cinco batizados.Em 26 de maio de 1978, o Pe. Sebastião celebrou a primeira missa na capela, construída de madeira na Rua Castelo Branco, esquina com a Rua Getúlio Vargas. A Irmã Érica estava presente também. O dinheiro da coleta era destinado ao abastecimento do carro do padre. A capela foi construída com as ajudas da comunidade. Merecem ser destacados os nomes de Aluísio Loch, que doou quase toda a madeira serrada, contando também com a ajuda do Sr. Arnaldo Lopes de Souza e o Sr. Gabriel Bernardinho de Mendonça. Os foguetes anunciavam a chegada do padre. Uns três foguetes eram soltos e o povo se reunia para as celebrações.Em 1979, o Pe. Giancarlo chegava em Pacajá. Ele veio acompanhado do Pe. Henrique Remislagh, então Administrador Apostólico da Prelazia de Cametá. Os padres de Altamira alegavam que a vila era muito distante e que o campo de atuação deles já era muito extenso, por isso pediram que a Prelazia de Cametá assumisse a área.3 - ORGANIZAÇÃO PASTORAL DA COMUNIDADEQuando o Pe. Giancarlo chegou, já havia uma diretoria na Comunidade, com presidente, vice, secretários, tesoureiros e outros. organizando posteriormente outra diretoria. Esta diretoria mandou fazer um sacrário, comprou uma bíblia, mesa de altar, cadeiras, armário, um barraco para comemorações em dias de festa, comprou um sino e o terreno para a construção da casa paroquial (10X20 m). Mais tarde, o prefeito de Portel autorizou a posse de mais um lote para a futura casa paroquial.Em 1980, o Pe. Geraldo Ildeo Franco, mineiro, de Coronel Fabriciano, veio conhecer a região e, gostando, resolveu ficar visitando Pacajá, em substituição ao Pe. Giancarlo. Já na primeira reunião comunitária, houve desacordos entre os membros, mas nem por isto o padre desistiu de permanecer na Comunidade.O catecismo era ensinado na capela pelo Sr. Antônio Gonçalves de Souza e Maria Duclério Cardoso da Silva. O Sr. Antônio era dirigente dos cultos e D. Maria Duclério, a zeladora. Nesse tempo havia interesse da criançada, pois eles falam de 250 matriculadas, entre crianças com mais de sete anos e os adolescentes.O Pe. Ildeo Franco visitava duas ou três vezes ao mês a Comunidade. Ele comprou uma aparelhagem de som Delta para animar as celebrações.Foi neste ano que houve uma bom trabalho durante a Campanha da Fraternidade. Mais de vinte e cinco famílias foram beneficiadas com cestas básicas, compradas com os CR$ 600,00 (seiscentos cruzeiros) arrecadados.Em 1981, o Pe. Geraldo Ildeo inicia com a Comunidade a construção da casa paroquial. Com festinhas, bingos e dinheiro do própria padre a casa pôde ser construída. A seguir, o padre resolveu começar um projeto para construir um ambulatório médico. A incidência de malária era grande, especialmente nas vicinais. Foi com a ajuda de uma comissão de construção, presidida pelo Sr. José Piauí, que os trabalhos começaram. Muitos ajudaram, roçaram o local e o trator do Carlos Tozetti veio fazer a terraplanagem. Pe. Franco, que residia em Tucuruí, conseguiu ajuda da Alemanha, Holanda e França, com outras ajudas do governo do Estado, da Camargo Corrêa, da Eletronorte, da sua família, da comunidade local e circunvizinhas para esta construção. Depois de pronto, o prédio, mesmo sendo da Prelazia de Cametá, passou a ser atendido pelo governo estadual, através da Secretaria de Saúde do Pará, SESPA. Daí o nome mais usado: SESPA.Foi também com o Pe. Franco que começaram os cursos de formação, especialmente para os catequistas e preparadores dos casamentos. As Comunidades já formadas ao longo da rodovia e em algumas vicinais começaram a ser atendidas.Em junho de 1982 uma imagem de Cristo Rei crucificado foi comprada em Belém e trazida pelo Pe. Franco até Pacajá.Os trabalhos sociais floresceram. O Pe. Franco conseguiu da Alemanha quatro máquinas de costura para que todas as mães e mulheres pudessem aprender corte e costura, mesmo as não católicas.Nesta época se documentou os terrenos da capela, da casa paroquial, do Centro de Saúde e aqueles comprados para a construção da nova igreja. Essa documentação foi feita em Portel, no tempo do Prefeito Felizardo Justino Diniz.O então bispo de Cametá, Dom José Elias Chaves- CM, visitou a Comunidade por duas vezes, sem citar as demais visitas sem compromisso que ele fazia. O administrador apostólico Pe. Henrique e, depois, o bispo prelado Dom José sempre se mostraram interessados pela caminhada do povo de Pacajá.Foi em 1981 que a Comunidade começou a fazer a Novena de Natal.4 - CRIAÇÃO DA PARÓQUIA DE PACAJÁO ano de 1982 foi marcante na vida da comunidade. Aos 10 de setembro, o bispo de Soure, Dom Alquílio Alvarez Diez, através de decreto permite a criação da Paróquia de Pacajá que se desmembra do Município de Portel. Dom José, cria e erige a nova Paróquia, nomeando como pároco o Pe. Afonso de Vree, CM. Mas foi em 24 de outubro, com a missa celebrada na capela de madeira, em frente à Praça da Bandeira que foi criada a Paróquia. Estavam presentes D. José Elias, Pe. Geral Ildeo Franco, Pe. Tadeu Dziedzir (Província de Curitiba), o Pe. Afonso de Vree e Pe. Geraldo Gommers, o pároco de Tucuruí, e outras personalidades da região.No dia 11 de novembro de 1982, o prédio do Centro de Saúde, feito com os esforços da comunidade, foi inaugurado com a presença de autoridades do governo e da população.5 - IRMÃS FILHAS DA CARIDADEEm novembro de 1982, as Irmãs Rita de Cássia Ramos de Vasconcelos e Olga Faraco, visitadora e conselheira da Filhas da Caridade de Fortaleza, visitaram Pacajá com a intenção de abrirem uma casa missionária. Elas deram sugestões sobre a construção da casa.Em 1983, a caminhada paroquial estava prosseguindo. Aos 23 de março a visitadora das Filhas da Caridade: Irmã Rita de Cássia, assina convênio com a Prelazia de Cametá, entregando a Paróquia de Cristo Rei à nova comunidade de irmãs. Por não haver ainda, casa em Pacajá, o fato se deu em Maracajá, numa missa celebrada. A representação de Pacajá chegou atrasada por causa da estrada. A Comunidade de Maracajá recebeu a todos com alegria e almoço. Na volta houve um acidente com o ônibus, resultando em quatro feridos gravemente. As Irmãs indicadas para a casa foram: Orlanda Alves, Raimunda Paixão e Helena.Aos 23 de julho vieram visitar Pacajá o superior geral da Congregação da Missão Pe. Richard Macullen, Dom José Elias Chaves, Dom Vicente Zico (coadjutor de Belém), Pe. José Pires de Almeida (Província do Rio de Janeiro) e Pe. Frederico. Foi uma visita rápida, mas muito marcante.
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